O perigo das audiências públicas em ano de eleição

Não é de hoje que os políticos com mandato usam artifícios legais para se aproximarem do eleitor especialmente em tempos de eleição.

A moda agora é fazer audiência pública para discutir o que nunca será realmente resolvido pelos parlamentares. Nenhum parlamento divulga o quanto custa de fato montar uma estrutura pública, ainda mais se for fora das Câmara de Vereadores ou das assembleias Legislativas, para fazer uma audiência pública em algum bairro da sua cidade.

Mas o risco maior é ver parlamentares querendo fazer uma média com a população e abrirem o microfone para pessoas que aparecem sem sequer saber o que está sendo discutido.

Talvez tenha sido o caso da Câmara de Vereadores de Maceió, em Alagoas, que realizou uma audiência pública no último dia 19 de fevereiro para discutir políticas de cultura na cidade, mas o evento acabou sendo lembrado por uma polêmica.

O artista Matheus Marin, que foi convidado para participar da audiência, subiu na tribuna com um pandeiro e cantou uma música que citava o uso de drogas.

A audiência pública foi um pedido da vereadora Teca Nelma (PSD) depois da solicitação de membros de coletivos culturais.

O vídeo da audiência pública acabou caindo na internet e viralizou porque parte da letra da música cantada por Matheus dizia “deve ser por causa do baseado que fumei e que acabou, mas sempre tem alguém que bote um…”.

Já sobre o assunto da audiência e se ela realmente foi proveitosa para a cidade, ninguém soube dizer, pois os vereadores da cidade querem mesmo que ela seja esquecida.

Então o eleitor tem que cuidar com a enxurrada de audiências públicas propostas por políticos desde o ano de 2023, pois elas estão servindo mesmo de palanque para os futuros candidatos aparecerem no seu bairro.

Mas a população tem que cobrar medidas mais eficazes para a solução dos problemas na sua cidade e estado, pois audiência pública é uma ferramenta séria e tem um custo alto para servir apenas aqueles que tem o poder de resolver os problemas, mas muitas vezes só pensam em eleição.

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