Por que Filipe Mello desistiu da Casa Civil do Governo de Santa Catarina?

A desistência do filho go governador de Santa Catarina, Filipe Mello, de assumir o comando da Casa Civil do Estado causou um alvoroço no meio político, principalmente porque a Procuradoria Geral do Estado já havia conseguido derrubar a liminar do Psol que o impedia de ser nomeado.

A novela, que começou no dia 3 de janeiro, termina seis dias depois com um desfecho digno de um filme sem uma sequência lógica. Filipe publicou um texto no seu Instagram na tarde de terça-feira, 9, dizendo que “mesmo sendo absolutamente legal, concluímos que devo continuar auxiliando o Governador da maneira que faço hoje. Sem cargo no Governo”.

Disse também que tem uma vida solidificada na advocacia e que não precisa de emprego. Citou alguns programas implantados pelo governo do pai e comentou que poderia contribuir mais e melhor, “mas o que não precisamos é de polêmicas infrutíferas”.

Mais para o final da publicação, ele escreveu a seguinte frase: “Agradeço a todos que nos apoiam e acreditam em uma SC livre das ideologias de esquerda”.

Enfim, percebeu-se que, mesmo sendo legal, o desgaste de ter o filho na Casa Civil seria incomensurável não só para a eleição deste ano, mas principalmente para a reeleição de Jorginho Mello, em 2026.

Apesar do sexto sentido do governador ter o alertado, ele não seguiu o seu feeling político e agora o estrago já está feito.

Mas por tudo que li e ouvi, a melhor definição veio de um amigo jornalista com experiencia em governo. Ele disse que a pá de cal para essa decisão veio com a publicação do vídeo de Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, que acabou nacionalizando essa discussão e afetando demais a imagem do governador de Santa Catarina.

Enquanto tudo estava apenas dentro de Santa Catarina, que é um Estado em sua maioria de direita, tudo estava mais ou menos controlado. Mas quando caiu na mídia nacional, a porteira foi arrombada e ficou difícil de segurar a enxurrada de críticas.

O lado bom de tudo isso, se é que tem e isso só o tempo dirá, é que Filipe Mello passou de um ser desconhecido do grande público para uma nova personalidade política para a ala direitista catarinense.

Só que, como tudo ainda está muito vivo na memória do eleitor, teremos que esperar para ver qual será o resultado de tudo isso que aconteceu na alta cúpula do Governo do Estado.

Mesmo o mais ferrenho defensor da nomeação de Filipe Mello estava preocupado em como iria explicar uma coisa que era legal do ponto de vista jurídico, mas imoral do ponto de vista eleitoral.

Enfim, não se sabe o preço que Jorginho Mello irá pagar daqui para frente, mas que isso tudo será lembrado em 2026, pode ter certeza de que vai.

O Psol saiu forte dessa briga e pode querer continuar, junto com o PT de Décio e Lula, a bater num governador que chegou a ser citado como um dos nomes fortes para compor chapa com Tarcísio de Freitas (Republicanos) numa eventual disputa nacional.

Vamos esperar os próximos acontecimentos!

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