De quem é a culpa pela água com piche no Samae de Blumenau?

Desde o início da segunda gestão do prefeito Mário Hildebrandt (Podemos) o Samae de Blumenau, que é a autarquia responsável pelos serviços de água e esgoto da cidade, tem sido a pedra no sapado da atual administração.

A empresa tem sido alvo constante do Ministério Público e da Polícia Civil. Ainda em 2020, ano da reeleição do prefeito, o então diretor de Operações e candidato a vereador Guto Reinert acabou preso e teve a sua candidatura impugnada.

Nas urnas Guto foi eleito, mas a “Operação Soldo Inflado” descobriu que ele supostamente participou de um esquema dentro do Samae que pagou um grande número de horar extras e sobreavisos para funcionários que, aparentemente, repassavam parte do pagamento para financiar a candidatura de Guto.

A justiça também investiga um contrato de 2022 com suposto superfaturamento na compra de areia depois que um funcionário da autarquia fez uma denúncia no MPSC.

Em setembro deste ano o então diretor-presidente do Samae, Michael Schneider, foi afastado do cargo pelo promotor Gustavo Ruiz Diaz por conta da “Operação Limpeza Geral”, que investiga o favorecimento de empresas no serviço de manutenção de 108 imóveis do Samae.

Para piorar, o abastecimento de água na cidade tem sido falho e durante o mês de dezembro os moradores da rua Luiz Maske, no bairro Itoupavazinha, viram sair de suas torneiras a água misturada com piche.

A autarquia colocou a culpa numa possível fraude, já que o material não faz parte dos produtos utilizados na produção de água e nem na manutenção da rede. Mas este material é usado para o revestimento de caixas d´água da empresa e moradores desconfiam que a falta de manutenção nos equipamentos tenha causado a contaminação.

Mesmo sem um relatório final que comprove a suposta fraude, o Samae disse que vai indenizar os moradores da região que tiveram problemas por conta do piche na rede de água.

Depois de tantos contratempos e supostas fraudes, o prefeito Mário Hildebrandt nomeia o seu secretário de comunicação, André Espezim, como o mais novo diretor-presidente para tentar botar a casa em ordem.

O problema é que Espezim já ocupou esse cargo na autarquia em 2019 e nomeando Guto Reinert, aquele candidato a vereador preso, como diretor de Operações.

O que vai acontecer daqui para frente ninguém sabe, mas a justiça já mostrou que não vai tolerar mais problemas dentro do Samae, ainda mais em ano de eleição como é o de 2024.

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