Durante o sábado, 25, o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional do governo Lula, Waldez Góes (PDT), visitou o Alto Vale do Itajaí e esteve em Trombudo Central e Rio do Sul para conversar com os prefeitos dessas cidades.
Junto com o ministro estavam o secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, o presidente do Sebrae, Décio Lima (PT), e os deputados federais Pedro Uczai (PT) e Ana Paula Lima (PT).
O objetivo da vinda foi orientar as prefeituras para que tenham o acesso facilitado aos recursos do orçamento federal, prestar contas dos recursos repassados ao Estado e ouvir os prefeitos sobre a prioridade de cada cidade.
A comitiva esteve nas cidades de Trombudo Central e Rio do Sul, onde participaram de uma reunião com o governador Jorginho Mello (PL) que contou também com a presença do secretário da Proteção e Defesa Civil, Coronel Armando (PL), do secretário de Infraestrutura do Estado, Jerry Comper (MDB), do deputado federal Jorge Goetten (PL) e do deputado estadual Oscar Gutz (PL).
Em Trombudo Central, a comitiva foi recebida pela prefeita Geovana Gessner (MDB) e em Rio do Sul, quem recebeu o grupo de políticos foi o prefeito Jose Eduardo Thome (PSD). Nas duas cidades o ministro Waldez Góes detalhou as ações do Governo Federal em Santa Catarina.
Falando em nome do presidente Lula, ele disse que estão assegurados mais R$150 milhões para a recuperação das cidades. Ele reforçou que já no primeiro evento climático, em outubro, o presidente havia emitido uma medida provisória para apoio com ajuda humanitária para o restabelecimento e recuperação das cidades atingidas.
“Já aprovamos para Santa Catarina mais de R$ 80 milhões, já empenhamos R$ 60 milhões e pagamos R$ 20 milhões. E temos mais R$ 90 milhões em planos de trabalho para análise, então não temos dificuldades em termos de recursos orçamentários e financeiros, e a nossa ação vai acontecendo à medida que os planos vão chegando. Estou vindo a Santa Catarina mais uma vez para prestar esses esclarecimentos e para intensificar a força-tarefa do governo federal”, disse Góes.
Já a deputada Ana Paula Lima aproveitou a sua fala para alfinetar o governador Jorginho Mello. Ela disse que “diferente de um pedido de ajuda humanitária, que nunca foi solicitado pelo atual governo catarinense e cuja resposta é mais rápida, o plano de ação para recuperação do que foi danificado é um pouco mais demorado. Mas o presidente Lula já afirmou que não vão faltar recursos para Santa Catarina. O que não podemos é cair nas fake news e alimentar uma divisão que em nada contribui para a solução das dificuldades que o povo catarinense está enfrentando”.
JORGINHO QUER OS R$ 465 MILHÕES
Já o governador Jorginho Mello fez questão de se colocar à disposição dos municípios, lembrar do que já foi entregue e cobrar a ajuda do Governo Federal.
“A gente quer agilidade na análise da documentação enviada para que os prefeitos possam se recuperar, a liberação do Fundo de Garantia. Tem ações que o Governo Federal precisa fazer mais rapidamente, como a prorrogação do financiamento agrícola. O Estado está fazendo a sua parte”, disse o governador.
Ele informou também que na próxima quarta-feira, 29, o Governo do Estado vai repassar recursos para os prefeitos vindo do caixa do Governo de Santa Catarina, do Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e do Ministério Público para que eles comecem a se recuperar.
Na reunião com o ministro Jorginho não perdeu a oportunidade de solicitar o retorno dos recursos investidos em 2022 pelo ex-governador Carlos Moisés (Republicanos) nas rodovias federais que cortam o Estado.
“Também quero ter a oportunidade de pedir ao presidente da República a devolução dos R$ 465 milhões que o estado investiu em obras federais pra eu enviar para os prefeitos. É um dinheiro de Santa Catarina que nós aplicamos em obras federais”, explicou Jorginho Mello.
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