A queda de braço entre Mário Hildebrandt e Ivan Naatz no PL de Jorginho Mello

A expectativa do último fim de semana era se o prefeito Mário Hildebrandt, que hoje está filiado no Podemos, iria ou não assinar sua ficha no PP no encontro regional que aconteceu em Blumenau com a presença do senador Esperidião Amin.

Para a decepção da militância progressista, a única filiação que aconteceu foi mesmo a do vereador blumenauense Cezar Campesatto (UB), que só poderá efetivar seu registro no PP em março de 2024.

Em agosto Amin foi incisivo e disse para Mário que o queria no PP. Mário deu sinais de que aceitaria, mas as conversas das últimas semanas com governador Jorginho Mello (PL) parecem ter feito ele mudar de ideia.

O presidente estadual do Podemos, deputado estadual Camilo Martins, disse que também conversou com o prefeito de Blumenau e que futuramente pode, se continuar no partido, colocá-lo num cargo no Governo do Estado para garantir a sua visibilidade até 2026.

Então, seja no Podemos ou no PL, Mário preferiu optar pela segurança a apostar num PP que a cada eleição perde força na sua cidade.

Mas Hildebrandt encontrou uma pedra no seu caminho para o Partido LIberal. O deputado estadual Ivan Naatz, que é quem comanda o PL de Blumenau, já disse que o prefeito não é bem-vindo no seu partido.

Numa mensagem enviada para o jornalista Marcelo Lula, Naatz disse que “durante todos esses anos, o Mário Hildebrandt não construiu parceria com ninguém. Eu, Alba e Ismael colocamos mais de 20 milhões em emendas na conta do Mário e ele não olhou pra gente”.

Disse também que “o Napoleão deixou a prefeitura pra ele e na eleição ele sequer foi recebido pelo Mário. O Mário é o fim em si mesmo, por isso sequer tem sucessor a apresentar. Enquanto eu estiver no PL, enquanto eu for o presidente, nem Mário e nem qualquer pessoa ligada ao grupo político dele vai ser recebida no PL. E nem adianta procurar a capital. Blumenau tem partido e tem deputado”.

Vale destacar que durante as eleições de 2022, Naatz tentou levar Hildebrandt para o PL, mas como o prefeito preferiu apoiar o ex-governador Carlos Moisés (Republicanos), a coisa não andou.

Se a parte final da mensagem é verdade ou não, só Jorginho Mello pode responder, mas é fato que o prefeito Mário Hildebrandt mais usou os demais políticos da cidade nos últimos anos do que tentou fazer alguma conexão sólida com algum deles.

Mário vai entrar no último ano do seu mandato de prefeito de Blumenau e agora vai precisar da ajuda de alguém influente para continuar vivo politicamente.

Mas parece que poucos estão querendo tê-lo do seu lado, incluindo agora o próprio Esperidião Amin que, magoado, lançou o presidente da Câmara de Vereadores como seu pré-candidato a prefeito de Blumenau.

Então, hoje, Hildebrandt terá que trabalhar muito para que a vice-prefeita, Maria Regina Soar (PSDB), que é a sua pré-candidata à sua sucessão, decole, pois até esse momento nem isso tem acontecido.

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