Mesmo com a polarização Lula e Bolsonaro nunca mais se enfrentarão

Na terça-feira, 31, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o general Walter Braga Neto (PL), seu candidato a vice em 2022, por abuso de poder político, uso indevido dos meios de comunicação e conduta vedada a autoridades nas eleições.

O ponto crucial da decisão foi a conduta dos dois nos eventos do Bicentenário da Independência, em setembro do ano passado. Para os ministros, houve uso eleitoral das cerimônias tanto no Rio de Janeiro quanto em Brasília.

O prazo da inelegibilidade é de 8 anos, tendo como base o dia 2 de outubro de 2022. Em tese, por uma questão de dias, Bolsonaro e Braga Netto vão poder participar das eleições de 2030, que estão previstas para acontecer no dia 6 de outubro.

Com tudo isso, Lula não poderá participar da eleição de 2030 se conseguir se reeleger em 2026. Muito provavelmente o atual presidente deva se aposentar da disputa eleitoral depois do possível segundo mandato e aí só Bolsonaro deva participar desse pleito.

Mas quem garante que a polarização estará viva daqui há sete anos? Quem garante que Jair Bolsonaro se mantenha vivo eleitoralmente? Então é praticamente certo dizer que a disputa direta entre os dois não existirá mais.

Tanto Lula quanto Bolsonaro terão que encontrar candidatos de confiança e com poder de voto para disputarem as eleições de 2026 e de 2030. Hoje os nomes mais prováveis de Lula seriam do ministro da economia, Fernando Haddad (PT), e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

Já Bolsonaro, hoje, tem como mais forte representante o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Correm por fora o nome dos governadores Ratinho Junior (PSD) e Romeo Zema (Novo).

Imagina-se que essa polarização deva seguir forte até 2026, mas após essa eleição, com certeza começam a surgir outros candidatos que podem sufocar as alas bolsonaristas e lulistas.

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