Mesmo elegendo 11 deputados estaduais no pleito de 2022, o governador Jorginho Mello (PL) já sentiu o gosto amargo de perder a presidência da Alesc depois de ver a sua bancada falhar nas negociações.
Ele também demorou um pouco para escolher o líder do Governo no legislativo catarinense e quando escolheu, deixou transparecer que também falhou colocando o deputado Edilson Massocco (PL).
Massocco é novato na casa e tem um perfil pouco diplomático, coisa que os mais experientes rejeitam e isso dificulta as negociações, principalmente nos projetos mais espinhosos para o Governo do Estado.
No fim do mês de setembro Jorginho Mello anunciou que o deputado estadual Ivan Naatz (PL) assumiria a liderança do Governo temporariamente no mês de outubro para que pudesse se aproximar do desembargador João Henrique Blasi, que mais tarde ficaria como governador interino, para articular a sua ida para o Tribunal de Justiça na escolha do Quinto Constitucional da OAB.
Isso causou um mal-estar dentro da bancada do PL na Alesc, fazendo com que Massoco fosse para o plenário dizer que “deputado Ivan vem vindo a 30 dias, e se ele não pegasse os 30 acho que ele ia infartar”.
Massocco disse também que “espero que a nova liderança consiga fazer o mesmo e que a gente possa ver ele aqui no plenário, porque muita poucas vezes temos visto ele no plenário, inclusive em votações como a Reforma Administrativa, importantíssima para o Governo, e o mesmo não estava na votação”.
Agora em novembro, Edilson Massocco deve voltar a ser o líder do Governo na Assembleia, mas provavelmente somente até 31 de dezembro.
Tudo porque o governador Jorginho Mello não gostou nada de como as coisas andaram dentro da Alesc neste ano de 2023 e está bem inclinado a dar esse cargo para alguém fora do Partido Liberal.
Além do PL, o partido mais próximo do seu governo é o PP, que inclusive chegou a apoiar a candidatura do deputado estadual Zé Milton Scheffer para a presidência do legislativo.
E o nome dele é um dos mais cotados para assumir a liderança do Governo, mas há também o MDB, que hoje tem a Secretaria de Infraestrutura e que há meses clama por mais espaço na administração do governador para continuar apoiando as pautas de Jorginho Mello na Alesc.
Fato é que os 11 deputados estaduais do PL não conseguem formar um bloco confiável e Jorginho Mello precisa de alguém com mais experiência, mais traquejo, e menos vontade de bater de frente com quem realmente comanda a Assembleia Legislativa de Santa Catarina nessa legislatura.
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