PSD nacional quer se afastar do PT e do PL para em 2026 ter candidato próprio

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, desde o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB) tem conseguido ser uma das figuras mais influentes de Brasília.

Depois das eleições presidenciais de 2022, ele se afastou de Jair Bolsonaro (PL) e se aproximou do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A partir daí, seu partido conseguiu os ministérios de Minas e Energia, Agricultura e Pesca e mais uma boa quantidade de cargos de segundo escalão.

Mas agora ele já fala em se afastar também do PT para em 2026 lançar um candidato próprio à presidência da República. O nome preferido de Kassab é o governador do Paraná, Ratinho Júnior, como contraponto à polarização Lula x Bolsonaro.

O presidente nacional do PSD disse que vai aguardar as eleições do ano que vem para saber se a sigla terá capilaridade eleitoral, ou não, para lançar um nome próprio.

“Não é fácil ser de centro e apoiar candidato de direita ou de esquerda. O PT, por exemplo, é oposição ao Ratinho e ao governo de São Paulo, onde o PSD é aliado. Também há a independência do prefeito Eduardo Paes no Rio”, acrescentou Kassab.

E é aí que entra o trabalho das executivas estaduais, principalmente as do Sul do Brasil, que demonstrarão se o PSD conseguirá levar o nome de Ratinho na sua região de origem.

O TRABALHO EM SC

Aqui no estado, Eron Giordani, presidente estadual do partido, trabalha para que o PSD aumente o número de prefeitos antes mesmo das eleições municipais de 2024, mas o objetivo final é fazer com que a legenda tenha o maior número de prefeitos até o fim do ano que vem, assumindo a posição que hoje é do MDB.

Nas eleições de 2020, os pessedistas elegeram 42 prefeitos, mas desde janeiro, quando Eron assumiu o comando do partido, o PSD já buscou outros sete prefeitos. O último assinar ficha será Libardone Fronza, de Navegantes, que saiu do União Brasil para buscar a reeleição pelo partido de Kassab.

Em Santa Catarina, por questões obvias, o PSD dificilmente se coligará com o PT e deve travar uma boa briga com o PL catarinense nas próximas eleições. Neste momento, imagina-se que PSD e PL sejam os protagonistas em 2024.

O PSD imagina que, no fim da eleição municipal, o partido tenha o comando de 60 a 80 prefeituras catarinenses para que sirvam de base não só para a candidatura a presidente de Ratinho Júnior, mas também de um nome para disputar o Governo de Santa Catarina contra Jorginho Mello.

O partido tem nomes de peso para preencher essa vaga, como o dos prefeitos João Rodrigues, Topázio Neto e Clésio Salvaro, que são as apostas do partido para voltar a comandar o Estado a partir de 2027.

Em 2024, os nomes praticamente definidos para disputar a eleição municipal são os de Topázio Neto (Florianópolis), João Rodrigues (Chapecó), Orvino Coelho de Ávila (São José), Eduardo Fréccia (Palhoça), Leonel Pavan (Camboriú), Juliana Pavan (Balneário Camboriú), Libardoni Fronza (Navegantes) e Jairo Cascaes (Tubarão).

É muito provável que Ricardo Guidi dispute a prefeitura de Criciúma, mas terá que haver um entendimento com o prefeito Clésio Salvaro, caso contrário ele deva ser o candidato do PL naquela cidade.

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