PSD e o PL de Criciúma são adversários ou aliados?

Na noite de segunda-feira, 2, o prefeito Clésio Salvaro lançou o programa “Acelera Criciúma”. O evento aconteceu as 19 horas no Centro Multiuso da Afasc, anexo ao Parque das Nações, no bairro Próspera.

De acordo com o prefeito, serão entregues mais de 200 obras até o fim de 2024 com um investimento de mais de R$ 400 milhões.

Para coordenar todo esse investimento, Clésio colocou o vereador e secretário Geral do município, Arleu da Silveira (PSDB), que é também o indicado pelo prefeito para ser candidato da administração nas eleições do ano que vem pelo PSD.

Bem, com isso, imagina-se que Clésio realmente banque o nome de Arleu em 2024 dentro do PSD. Mas o deputado federal Ricardo Guidi também quer ser candidato a prefeito pelos pessedistas e aí entrou o governador Jorginho Mello.

Há duas semanas Jorginho conversou com Clésio e plantou a semente do PL ser o vice do PSD numa chapa pra lá de forte em Criciúma. Para o governador, o candidato a prefeito seria Guidi e seu vice poderia ser Guilherme Colombo (PL).

O fato curioso é que Guidi é primo e Guilherme é marido da deputada federal Júlia Zanatta, atual presidente do PL de Criciúma.

Depois da conversa com o governador, Salvaro já esteve com Ricardo Guidi e recebeu a visita de Guilherme Colombo e da própria Júlia Zanatta e, de quebra, o deputado Jessé Lopes fez uma postagem que dizia que Jorginho Mello confidenciou que o PL seria o vice do PSD na cidade onde Salvaro é prefeito.

O deputado estadual Júlio Garcia, que coordena o PSD no sul do Estado, também já recebeu Guilherme em Florianópolis para uma conversa.

O grande problema nisso tudo é saber o que Clésio Salvaro faria com Arleu da Silveira no meio de toda essa engenharia e como convencer a cúpula do PSD a aceitar essa aliança, pois muito provavelmente PL e PSD serão adversários nas eleições de 2026, onde Jorginho vai buscar a reeleição.

Para quem olhava o palco no lançamento do “Acelera Criciúma”, não sabia se ali estavam os adversários ou os futuros aliados. Estamos na fase do jogo de cena e ninguém confirma que a aliança pode ou não acontecer.

PSD e PL também em Florianópolis

Mas essa negociação não envolve apenas Criciúma, pois os dois partidos também negociam em Florianópolis uma possível dobradinha. Jorginho está fazendo uma força enorme para colocar o PL como vice de Topázio Netto (PSD) e aí surgiu o nome de Bruno Mello, filho de Jorginho.

Mas o jornalista Anderson Silva, da NSC, trouxe a informação que o Tribunal Regional Eleitoral disse que ele não poderia concorrer a nenhum cargo eletivo em 2024 e em 2026, salvo se Jorginho Mello renunciasse ao cargo de governador seis meses antes dos pleitos.

De acordo com o inciso sétimo do artigo 14 da Constituição Federal “São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição”.

Então, segundo o TER/SC, todos os parentes diretos de Jorginho Mello estão, nesse momento, inelegíveis, forçando o PL a buscar outro nome dentro ou fora do partido.

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