Deputado Matheus Cadorin se opõe à nomeação de Ademir Izidoro para a Aresc

O deputado estadual Matheus Cadorin (Novo) liderou a objeção à nomeação de Ademir Izidoro para a diretoria de Saneamento Básico e Recursos Hídricos da Agência de Regulação de Serviços Públicos de SC (Aresc).

A nomeação, que consta no Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 5/2023, foi aprovada por maioria de votos, mas recebeu os votos contrários de Cadorin, Jessé Lopes (PL) e Marquito (Psol), enquanto os deputados Mario Motta (PSD) e Rodrigo Minotto (PDT) se abstiveram.

Cadorin justificou sua posição destacando as denúncias relacionadas a Ademir Izidoro quando ele ocupava a presidência do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Samae) de Jaraguá do Sul.

Ele ressaltou sua compreensão da capacidade técnica do indicado, mas expressou desconfiança por conta das denúncias que estão sendo investigadas.

A nomeação de Ademir Izidoro, bacharel em Direito e com experiência em cargos anteriores na área, será transformada em decreto legislativo, permitindo sua nomeação.

Cadorin cobra também a Casan

Passados cerca de dez dias do rompimento do reservatório da Casan em Florianópolis, o deputado estadual do Novo diz que muitos catarinenses ainda estão preocupados, pois a companhia atende a 190 municípios no Estado.

Cadorin lembra também do rompimento da represa do tratamento de esgoto na Lagoa da Conceição, em Florianópolis, no ano de 2021.

O deputado diz que a Casan tem que esclarecer uma série de perguntas que ainda estão sem respostas. O parlamentar listou alguns questionamentos que pretende fazer para Edson Moritz, presidente da Casan, no próximo dia 27, quando ele irá na Alesc.

Quer saber se a empresa realiza monitoramentos periódicos dos reservatórios?

Com que frequência são realizados?

Onde estão os registros formais desses monitoramentos?

Existe transparência e acesso público a esses dados?

Se o monitoramento é realizado, ele é feito de forma detalhada por profissionais habilitados?

Quais são os nomes e registros profissionais desses profissionais?

Como é realizada a manutenção dos reservatórios?

Que normas técnicas são observadas?

Quem aprova o projeto inicial dos reservatórios na Casan?

Quem são as pessoas que autorizam o início e a entrega das obras?

Além de indagar sobre o desastre recente, no bairro Monte Cristo, Cadorin quer saber os motivos que levaram a Casan a investir R$17 milhões em uma empresa de laticínios no Rio de Janeiro.

Ele questionará também como a Casan se tornou acionista majoritária da Sabor da Serra, uma empresa de laticínios no interior do Estado do Rio de Janeiro, e por que essa decisão foi tomada?

Qual foi o processo exato envolvido nessa transação? Por que ela não foi informada de forma transparente à sociedade?

Quais critérios foram usados para avaliar a Sabor da Serra e suas ações? Qual é o papel da Casan na gestão dessa empresa e como isso afeta os serviços de água e esgoto em Santa Catarina?

Como o prejuízo financeiro estimado de R$17 milhões afetará os recursos disponíveis para melhorias nos serviços de água e esgoto?

“Os problemas enfrentados pela Casan não se limitam à discussão sobre privatização ou terceirização, mas sim à própria natureza da empresa ao longo dos anos. Erros de gestão ao longo de diferentes administrações deixaram a população vulnerável e desconfiada da empresa”, afirma Cadorin, que complementa: “E essa desconfiança já foi admitida publicamente inclusive pelo atual presidente da Casan, Edson Moritz”.

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