A Câmara de Blumenau se dividiu entre a CPI e a posse de um prefeito interino

A sessão da Câmara de Vereadores de Blumenau dessa terça-feira, 12, deu início a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito que pretende investigar os problemas internos do Samae, principalmente depois que a Polícia Civil deflagrou a “Operação Limpeza Geral”.

Ela aconteceu excepcionalmente na parte da manhã para que os vereadores, principalmente os da base do governo, possam prestigiar, às 17 horas, a passagem do cargo de prefeito para o vereador Almir Vieira (PP), já que Mário Hildebrandt (Podemos) vai mais uma vez para a Alemanha e a vice, Maria Regina Soar, foi obrigada a pegar uma semana de férias.

Tudo por conta do agrado que Hildebrandt queria fazer com Almir por causa do futuro político de ambos, poios em breve devem frequentar o mesmo partido com a benção de Esperidião Amin (PP).

Mas voltando ao assunto que realmente interessa ao blumenauense, a CPI do Samae foi proposta pelo próprio Almir Vieira e pelo líder do governo, vereador Jovino Cardoso Neto (Solidariedade), onde os demais vereadores acabaram assinando a sua instalação.

Mas o problema está realmente aí. Como uma CPI pode andar com isenção se ela será tocada por vereadores da base do governo? É certo que um dos integrantes será o próprio Jovino acompanhado de outros dois vereadores, muito provavelmente mais um da base e, se o rito for respeitado, um da oposição.

Mas mesmo assim, tudo deve caminhar para tirar de foco o prefeito Mário Hildebrandt e também a vice Maria Regina, tentando jogar todo o problema para cima dos investigados.

O atual diretor-presidente do Samae, Michael Schneider, que foi afastado do cargo pelo Ministério Público até que se esclareça toda a investigação, deve ser ouvido na CPI também.

Estranhamente o diretor administrativo-financeiro, Henrique Carlini, assume interinamente o comando do Samae com o aval de Mário Hildebrandt. O problema é que ele também é peça chave na mesma investigação do Ministério Público que apura supostas irregularidades na contratação de empresa para a manutenção dos reservatórios da autarquia.

Enfim, não vamos pré-julgar o que ainda não aconteceu, mas é fato que a população tem que ficar atenta para que tudo, mais uma vez, não acabe em pizza regada com a água do Samae.

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