Vereadores de Blumenau terceirizaram a fiscalização da administração municipal

Depois que a Polícia Civil de Blumenau bateu cedo na porta das cinco pessoas envolvidas com um contrato de manutenção de imóveis do Samae, o munícipe ficou se perguntando o porquê que os vereadores da cidade nunca quiseram abrir essa caixa preta.

A “Operação Limpeza Geral” afastou o diretor-presidente da autarquia, Michael Schneider, e prendeu temporariamente o funcionário público Gerson Albino Pelepe e os empresários Alan Vandré Grassmann, Dilton Grassmann, Giovana Vronski e Joel Vronski, que também é presidente da Associação dos Clubes de Caça e Tiro de Blumenau.

Depois que a polícia cumprimento os mandatos da Justiça, pouco se falou sobre o assunto na sessão da Câmara de Vereadores na tarde de terça-feira, 5.

A maioria dos vereadores disse que a Polícia Civil e a Justiça têm mesmo que investigar as supostas irregularidades, mas nenhum deles sequem mencionou a possível abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

E não se pode dizer que os vereadores não sabiam de nada, pois no seu pronunciamento o vereador Diego Nasato (Novo) elencou as três principais investigações que aconteceram na autarquia, que foram a Operação Soldo Inflado, uma suposta irregularidade com o serviço de terraplanagem que investiga 4 ex-presidentes da autarquia e a Operação Limpeza Geral, deflagrada pelo promotor Gustavo Ruiz.

Pelo menos, desde 2020 o Samae se vê envolvida em escândalos, mas a Câmara de Vereadores e a sua direção preferem fechar os olhos e trabalhar para outros assuntos, como o aumento de assessores e a extensão do vale alimentação para os próprios parlamentares.

Ivan Naatz denuncia

O deputado estadual Ivan Naatz (PL) fez postagens na sua rede social dizendo que “o Samae de Blumenau sempre foi um laboratório de corrupção”. Ele seguiu dizendo que “o sujeito fica lá uns meses e tá pronto para ser ladrão… Agora a turminha que foi presa vai se transferir para o Seterb, já são profissionais”.

Num outro vídeo, o deputado estadual disse que “o Samae é um grande antro de corrupção, é o financiador da campanha de muito vereador que tá tempo no mandato, de campanha de prefeito, as empreiteiras ajudam muito na campanha, ninguém controla o Samae, ninguém fiscaliza o Samae”.

Naatz, desde 2020, vem convivendo com o sentimento de amor e ódio com o prefeito Mário Hildebrandt (Podemos), mas agora parece que ele decidiu novamente atacar os problemas da atual administração Mário e Maria.

Independente dos interesses que há por trás dessas críticas, não se pode negar que realmente o Samae precisa ser passado a limpo e a Câmara Municipal de Blumenau tem o dever de agir para dar uma resposta para a população que está pagando uma conta que não é sua.

Veja o vídeo postado pelo deputado Ivan Naatz (PL):

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