Na manhã do dia 17 de agosto deste ano o pastor Dirlei Paiz, de Blumenau, e a cantora gospel Fernanda Ôliver, de Tocantins, foram dois de um grupo de 10 prisões preventivas feitas pela Polícia Federal por conta da 15ª fase da Operação Lesa Pátria, autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes (STF) nos estados de Santa Catarina, Goiás, Paraíba, Paraná, Bahia e Distrito Federal.
Dirlei foi preso em casa e logo depois foi levado para a sede da Polícia Federal de Blumenau. Ele prestou esclarecimentos e na parte da tarde foi encaminhado ao Presídio Regional de Blumenau, lugar onde está preso até hoje.
Na audiência de custódia que aconteceu no mesmo dia da sua prisão, Dirlei respondeu 20 perguntas feitas pelo delegado e todo o material foi encaminhado para o Supremo Tribunal Federal.
Na segunda-feira, 4, o advogado Jairo Santos, responsável pela defesa de Dirlei Paiz, foi até o Supremo Tribunal Federal, em Brasília, para saber a verdadeira como anda o processo contra o seu cliente.
Segundo Jairo, neste momento a atual situação do Pastor não é favorável, mas destaca que está otimista e vai tentar tirá-lo da prisão para que ele responda o processo em liberdade.
Os processos dos acusados da invasão dos três poderes no dia 8 de janeiro deste ano podem servir de justificativa para a soltura de Dirlei, já que todos os investigados daquela ação já foram liberados.
O pastor de Blumenau está preso preventivamente para esclarecimentos e esse tipo de prisão não tem um tempo estipulado, mas o advogado Jairo Santos acredita que, depois que tudo resolvido e de provar que Dirlei Paiz é apenas um apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, poderá conseguir o alvará de soltura.
As manifestações
Em seu perfil no Instagram, ele tem diversas publicações com críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao ministro Alexandre de Moraes e de apoio a Jair Bolsonaro (PL).
O STF quer saber se Dirlei e os demais acusados participaram, direta ou indiretamente, da “Festa da Selma”, codinome usado para se referirem aos atos de vandalismo nos prédios dos Três Poderes ocorridos no dia 8 de janeiro deste ano.
O principal objetivo da Polícia Federal e da Justiça é descobrir quem foram os financiadores das manifestações na frente dos Quartéis de 2022 e principalmente quem custeou toda a organização das invasões em Brasília no início de 2023.
Em tese, os supostos crimes cometidos pelos investigados seriam de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
Na manhã desta terça-feira, 5, a Polícia Federal deflagrou a 16ª fase da mesma operação e cumpriu mais 53 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Tocantins, Ceará e Minas Gerais
Aqui no Estado, a Polícia Federal cumpriu os mandados de busca e apreensão nas cidades de Corupá e em Guabiruba, mas ainda não há confirmação sobre prisões.
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