Defesa de Dirlei Paiz acredita que tudo será esclarecido em breve

O pastor Dirlei Paiz, de Blumenau, e a cantora gospel Fernanda Ôliver, de Tocantins, foram dois de um grupo de 10 prisões preventivas feitas pela Polícia Federal na manhã de quinta-feira, 17, na Operação Lesa Pátria, autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes (STF) nos estados de Santa Catarina, Goiás, Paraíba, Paraná, Bahia e Distrito Federal.

Dirlei, que exerce o cargo de Coordenador Político na Câmara de Blumenau, foi preso em casa e logo depois foi levado para a sede da Polícia Federal de Blumenau, localizada no Shopping Park Europeu, na região norte da cidade.

Ele prestou esclarecimentos e na parte da tarde passou na Polícia Científica para fazer exame de corpo de delito e foi levado direto para o Presídio Regional de Blumenau, no bairro Água Verde.

Na audiência de custódia que ocorreu pouco depois das 16 horas de quinta-feira, Dirlei respondeu 20 perguntas feitas pelo delegado, acompanhado remotamente pelo advogado Jairo Santos, e a partir daí todo o material será encaminhado para o Supremo Tribunal Federal.

O pastor de Blumenau está preso preventivamente para esclarecimentos e ainda não foi formalizado nenhuma denúncia contra ele. A prisão preventiva não tem um tempo estipulado, mas o advogado Jairo Santos acredita que, depois que tudo esclarecido e de provar que Dirlei Paiz é apenas um apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, será solicitado a soltura dele.  

Em seu perfil no Instagram, ele tem diversas publicações com críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de apoio a Jair Bolsonaro (PL).

Já Fernanda Ôliver transmitiu os ataques do 8 de janeiro ao vivo em suas redes sociais. As denúncias do STF é que eles são suspeitos de incitar o que apelidaram de “Festa da Selma”, codinome usado para se referirem aos atos de vandalismo nos prédios dos Três Poderes ocorridos no dia 8 de janeiro deste ano.

O principal objetivo da polícia e da justiça é descobrir quem foram os financiadores das manifestações na frente dos Quartéis de 2022 e principalmente quem custeou toda a organização das invasões em Brasília no início de 2023.

Em tese, os supostos crimes cometidos pelos investigados seriam de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

AMIN QUER OUVIR GONÇALVES DIAS

Segundo o senador Esperidião Amin (PP), o ministro Alexandre de Moraes incluiu o ex-ministro do GSI, Gonçalves Dias, no rol dos investigados de crimes de ação ou omissão nos atos do dia 8 de janeiro. 

“É um fato novo, juridicamente assumido, não é uma fake, está publicado. Nós temos já aprovado o requerimento de convite/convocação do ex-ministro. Já chegou na CPMI o ementário do diálogo entre o ex-diretor-geral adjunto da Abin, Saulo Moura, e o ex-ministro Gonçalves Dias. Nós não cumprindo o que já foi decidido na próxima reunião, convidando o seu Gonçalves Dias para estar presente na CPMI, será fatal uma acareação entre ele e o senhor Saulo Moura”, destacou Amin.

Amin finalizou dizendo que “é o primeiro caso de investigação formal no inquérito presidido pelo ministro Alexandre de Moraes de um suposto participante do conjunto de omissões sobre o que tenho falado”.

Acompanhe

Entre em nosso grupo do Whatsapp e nos siga em nossas redes

Patrocinadores