A visita das lideranças do PSD estadual na Câmara de Vereadores de Joinville para tentar filiar o presidente da casa, vereador Diego Machado (PSDB), mostrou mais do que tentar apenas buscar um nome forte da cidade do norte catarinense.
Estavam presentes em Joinville o presidente estadual do PSD, Eron Giordani, o deputado federal Darci de Matos, os deputados estaduais Júlio Garcia e Napoleão Bernardes e os prefeitos João Rodrigues (Chapecó), Topázio Neto (Florianópolis), Clésio Salvaro (Criciúma), Orvino Coelho de Ávila (São José) e José Thomé (Rio do Sul).
A cúpula pessedista confidenciou que a intenção do partido é iniciar uma renovação em todas as regiões e que Machado era vista como um bom nome para as eleições municipais de 2028, já que em 2024 o PSD deve apoiar a reeleição do prefeito Adriano Silva (Novo).
É fato consumado que o PSD e o União Brasil estarão juntos na maioria das cidades catarinenses, mas mostra que a dupla já busca novos aliados, como o Republicanos de Carlos Moisés e o partido Novo do prefeito Adriano e do promotor Odair Tramontin.
Aliás, Tramontin fez uma postagem na quarta-feira, 16, no seu Instagram dizendo ter completado 35 anos de Ministério Público, o que praticamente sela a sua aposentadoria da Justiça Catarinense e o coloca como pré-candidato do Novo em Blumenau.
Depois das eleições estaduais de 2022, ele afirmou que queria ser candidato a prefeito de Blumenau, mas primeiro teria que se aposentar e depois se filiar novamente no Novo.
Já o deputado federal Ismael dos Santos e do deputado estadual Napoleão Bernardes disseram que o PSD de Blumenau estará numa chapa da eleição municipal de 2024 mesmo que seja de vice.
Isso praticamente confirma as conversas que os pessedistas tem tido com o Novo também em Blumenau. As tratativas são para que o Novo coloque Odair Tramontin de candidato a prefeito e Denise dos Santos como vice.
Denise é esposa do deputado Ismael dos Santos e representaria também a Igreja Assembleia de Deus de Santa Catarina, hoje comandada pelo próprio Ismael.
Se essa parceria se firmar, em 2024 e principalmente em 2026, a nova polarização em Santa Catarina ficaria nitidamente entre o PSD e seus aliados contra o PL e o bolsonarismo.
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