PGE vai para a Justiça para reverter decisão que interfere em imóveis do litoral

Uma decisão de um magistrado da Comarca de Garopaba está causando um enorme transtorno para todas as cidades litorâneas de Santa Catarina.

Essa Ação Civil Pública discute a implantação de um condomínio residencial de apenas seis unidades habitacionais e obrigou o IMA a publicar uma portaria que reconheça a faixa de 300 metros da linha de preamar como sendo área de preservação permanente de restinga, com ou sem vegetação.

Com isso, a Procuradoria-Geral de Santa Catarina entrou com recurso na Justiça para reverter a decisão de obrigatoriedade do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA).

A manifestação, que foi protocolada na terça-feira, 25, pretende suspender o resultado dessa Ação Civil Pública (ACP) de Garopaba.

De acordo com Márcio Vicari, procurador-geral do Estado, a PGE/SC trouxe para sua responsabilidade e passará a atuar nele para que o órgão central de serviços jurídicos de Santa Catarina faça a defesa dos interesses dos catarinenses.

A Procuradoria alega que a manutenção da decisão da Justiça pode causar “grave lesão à ordem e economia públicas” por classificar como APPs os 300 metros a partir da linha preamar máxima, independentemente de existir ou não vegetação.

“A PGE/SC está entrando no processo, por orientação do governador Jorginho Mello, para manter a segurança jurídica e proteger o patrimônio e o uso dele por todos os catarinenses. É importante ressaltar que a Portaria só foi publicada pelo IMA por conta de decisão judicial, pois ela impacta diretamente em todo o litoral do Estado, inclusive em regiões densamente urbanizadas”, explicou o chefe da Procuradoria.

O Código Florestal prevê que apenas as restingas fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues sejam consideradas Área de Preservação Permanente.

Não só a PGE, mas várias entidades de classe se manifestaram contra a decisão da Justiça e pediram para que o Governo do Estado interviesse no caso para evitar que locais já povoados há anos fossem considerados áreas legalmente preservadas.

Veja a manifestação do procurador-geral do Estado, Márcio Vicari:

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