Na manhã da última segunda-feira, 10, foi confirmada a renúncia de Joarez Ponticelli (PP) e de Caio Tokarski (UB), prefeito e vice da cidade de Tubarão, no sul do Estado.
Eles são réus no processo da Operação Mensageiro que investiga suposto favorecimento da empresa Serrana Engenharia, de Joinville, em licitações para a contratação da empresa para o serviço de coleta e armazenamento do lixo em várias cidades catarinenses.
No dia 29 de junho a 5ª Câmara Criminal do TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina) concedeu liberdade provisória a Ponticelli, que cumprirá medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica. Com relação a Caio Tokarski, o TJSC decidiu mantê-lo na Penitenciária Santa Augusta, em Criciúma.
Com a renúncia, também mudou a instancia de julgamentos dos dois políticos. Por não terem mais foro privilegiado, na terça-feira, 11, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina divulgou que ambos passam a ser julgados em 1ª instância, ficando sob a responsabilidade da Comarca de Tubarão.
Até a nova eleição indireta, a cidade continuará sendo administrada pelo presidente da Câmara Municipal licenciado, Gelson Bento (PP), e a Câmara Municipal continuará sendo presidida pelo vereador Jairo dos Passos Cascaes (PSD).
As negociações para a eleição
Durante a eleição de 2022, o ex-prefeito Joarez Ponticelli apoiou a reeleição do ex-governador Carlos Moisés da Silva (Republicanos) e neste ano Moisés já tinha fechado um acordo para que o Republicanos fizesse parte da coligação do candidato do prefeito.
Por conta da prisão dele, tudo caiu por terra, mas com a volta de Ponticelli ao cenário político local, já se negocia para que um aliado do ex-prefeito seja eleito prefeito na Câmara de Vereadores.
Inicialmente, o nome escolhido era para ser do vereador Gelson Bento que já está à frente da Prefeitura. Mas com a possibilidade de qualquer pessoa poder ser candidato, surgiu a possibilidade de a situação apoiar o nome de Carlos Moisés.
A estratégia, que também é referendada pelo deputado estadual Júlio Garcia (PSD), é eleger Moisés agora em 2023 para que ele concorra em 2024 contra Estêner Soratto, candidato do PL e do governador Jorginho Mello.
Seria uma reviravolta na política de Tubarão, já que o chefe da Casa Civil surfava sozinho na onda política da cidade.
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