Presidente do Samae de Blumenau abre novo processo administrativo contra Guto Reinert

Por conta da Operação Soldo Inflado, deflagrada em 2020 pela Polícia Civil e pela Justiça de Blumenau para investigar possíveis irregularidades no pagamento de horas extras e sobreavisos no Samae, o presidente da autarquia, Michael Schneider, abriu em 2021 um Processo Administrativo para averiguar a possível participação do ex-diretor de Operações José Augusto Reinert nesse caso.

Na época, Guto Reinert também tinha sido candidato a vereador pelo Podemos e acabou se elegendo, mas o registro da sua candidatura foi anulado porque ele não deixou o cargo de diretor do Samae no prazo estipulado pela legislação eleitoral.

A polícia também encontrou pouco mais de R$ 200 mil na casa dele e imaginava-se que o dinheiro tinha a origem dos pagamentos supostamente irregulares dessas horas extras e sobreavisos, mas Guto, que é funcionário de carreira, disse que a quantia tinha vindo da venda de um motor home.

Depois de dois anos e meio, no último dia 6 de julho, o mesmo diretor presidente do Samae, Michael Schneider, publicou no Diário Oficial do Município a Portaria n° 8963/23 que “Determina o arquivamento do Processo Administrativo de Sindicância nº 015/2021, instaurado para apurar eventual responsabilidade de Servidor por pagamento indevido de horas extras e sobreaviso, conforme Parecer Jurídica nº 083/2023/DJ”.

Agora, no mesmo dia 6, o Samae de Blumenau fez outras duas publicações no Diário Oficial informando a abertura das Portarias nº 8964/23 e nº 8965/23 que pede para “apurar a responsabilidade disciplinar do servidor público J.A.R. por supostamente utilizar a máquina pública em proveito pessoal, patrocinar interesse privado perante a administração e praticar improbidade administrativa” e “para apurar os fatos narrados nos autos do processo judicial nº 5010161-82.2021.8.24.0008”.

Como esse processo corre em segredo de Justiça, presume-se que seja uma investigação ainda ligada a investigação Soldo Inflado, mas com um novo elemento que surgiu durante o processo. O Samae pediu uma autorização para o promotor do caso para poder ver o conteúdo existente no celular de Guto Reinert quando foi ouvido pela primeira vez na delegacia.

Como é funcionário concursado da autarquia e o processo interno que o investigava sobre o pagamento das horas extras e sobreaviso foi arquivado, Guto teria que ser chamado para voltar ao trabalho, já que está afastado da sua função por conta dessa sindicância.

Mas tudo indica que esses dois novos procedimentos vão manter Guto Reinert longe do Samae para que mais provas sejam juntadas a essa nova investigação. Não se sabe por que, mas o ex-diretor de Operações do Samae ainda causa calafrios na atual administração e ele deve continuar recebendo seu salário sem precisar trabalhar.

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