Na Assembleia Legislativa de Santa Catarina são 40 deputados estaduais divididos em 13 partidos diferentes que vão escolher, seja por consenso ou por votação, o próximo presidente do legislativo.
O deputado Ivan Naatz (PL) está garantindo que o Partido Liberal mantém o acordo e apoio da candidatura de José Milton Scheffer (PP) para a presidência da Mesa Diretora com Ana Campagnolo (PL) como vice. Pelo menos é o que ele disse para o prefeito Joares Ponticelli (PP) e para o próprio Zé Milton na Casa D´Agronômica na tarde de quarta-feira, 25.
Além do PL e do PP, Naatz diz ter o apoio de mais cinco partidos. Bem, se temos 13 partidos dentro da Alesc, imagina-se que o MDB e o PSD não estejam nessa conta, pois Júlio Garcia foi quem articulou o apoio da candidatura de Mauro de Nadal.
Como União Brasil e PTB votam em conjunto com o PSD, tiramos esses dois também. Por conta do governador Carlos Moisés, acredito que também podemos tirar o Republicanos e até o Podemos, pois a deputada Paulinha ainda é uma defensora do governo anterior.
Talvez os cinco partidos que Naatz diz ter do seu lado sejam o PT, PSDB, Novo, PDT e Psol. Esses cinco partidos tem, somados, nove deputados estaduais na Assembleia e se juntarmos com os 11 do PL e mais os 2 do PP, tem-se um total de 23 votos, justamente o número colocado no Twitter por Ivan tempos atrás.
Mas na entrevista que deu para o jornalista Emanuel Soares, da Jovem Pan News Floripa, Naatz disse que o número de votos varia entre 18 e 19 para cada candidato e que dentro da Alesc existem cinco ou seis deputados que ainda estariam indecisos, mas não revelou quem seriam.
Na verdade, o que o PL quer é ter uma cadeira na Mesa Diretora, o que parece já ter conseguido, mas também quer fazer parte das principais Comissões e indicar correligionários para cargos na estrutura organizacional da Assembleia e talvez esteja aí o problema com o MDB, que dificilmente abrirá mão dos principais postos, se Mauro de Nadal for o presidente.
É fato que Nadal é o nome que assumiria a presidência da Assembleia se a eleição fosse hoje e o governador Jorginho Mello sabe muito bem disso, tanto que pediu para a sua bancada encontrar um candidato de consenso para garantir a governabilidade da sua administração, mesmo que esse consenso seja Mauro de Nadal.
Talvez o maior problema de Jorginho seja mesmo a sua bancada, que já mostrou não ser tão hábil para tratar do assunto e pode acabar criando um racha na Alesc que não seria nada salutar para o Governo do Estado.
Mas vamos esperar, pois tem-se seis dias pela frente até o dia 1º de fevereiro e o fim de semana deve ser muito movimentado, os telefones devem tocar insistentemente, principalmente o dos deputados que Naatz diz estarem indecisos.
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