Santa Catarina não deve se envergonhar de ser de direita

A última vez que o estado de Santa Catarina votou mais num candidato de esquerda do que num que representava a direita foi há 20 anos atrás, em 2002, justamente na primeira vitória de Lula (PT) para presidente da República.

Naquela eleição, o petista obteve 64,1% dos votos contra 35,9% de José Serra (PSDB) no segundo turno da eleição. Foi uma eleição onde Lula era unanimidade nacional e o governo de FHC estava desgastado.

Mas a partir daí, Santa Catarina apenas ratificou o que todos já sabiam. O perfil do estado é de direita e ao longo do tempo essa tese se confirmou. 

Em 2006, Lula, tentando a reeleição, perdeu para Geraldo Alckmin (PSDB) no estado com 54% a 45%. Em 2010 José Serra (PSDB) teve 56% dos votos e a presidente Dilma, que venceu a eleição no Brasil, teve 43%.

Em 2014 a coisa não mudou e até aumentou a diferença. Aécio Neves (PSDB) recebeu 64% dos votos e Dilma, que venceu no Brasil, teve 35% dos votos. Em 2018 o perfil direitista do catarinense se fortaleceu dando a Jair Bolsonaro (PSL) 75,9% dos votos contra 24% do candidato Fernando Haddad (PT).

Apesar da votação menor, em 2022 o catarinense se mostrou muito mais direitista onde Bolsonaro teve 69% dos votos e Lula, que venceu o pleito, teve em Santa Catarina pouco mais de 30% dos votos.

Por conta das manifestações que começaram por aqui, muitos políticos de esquerda de Santa Catarina querem colar no eleitor a imagem de “nazista” simplesmente porque pessoas estão na frente dos quarteis cantando o hino nacional com a mão estendida.

Obviamente que nenhuma das situações colocadas por estes políticos pode diminuir a vontade do eleitorado catarinense e ele não deve se envergonhar de escolher mais candidatos de direita do que os da esquerda.

A escolha foi democrática, as manifestações são democráticas, mas a polarização está deturpando algo que sempre elegeu todos os candidatos no Brasil que é o voto.

Não cabe a direita e nem a esquerda querer decidir se a eleição teve ou não fraude, se as urnas foram ou não fraudadas ou se o esse ou aquele político teve vantagem ou não.

O Brasil vive numa democracia e é nela que temos que acreditar até termos coisa melhor. Então o caminho da contestação é o judiciário, mesmo você achando que o Tribunal Superior Eleitoral é tendencioso.

Enfim catarinense, não se envergonhe das suas escolhas e se o nosso estado vota mais na direita é porque a direita fez alguma coisa de importante para o eleitor catarinense do que os candidatos de esquerda.

Com essa constatação, resta a esquerda mudar a sua postura com o eleitor daqui e tentar na próxima eleição fazer com que ele vote mais no seu candidato do que no adversário direitista.  

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