Kennedy Nunes anuncia a fusão do PTB com o Patriota

Na manhã desta quarta-feira, 26, o deputado estadual e presidente do PTB em Santa Catarina, Kennedy Nunes, participou da convenção nacional do Partido Trabalhista Brasileiro onde ficou definido que a sigla irá se fundir ao Patriota.

Segundo informações, uma das exigências postas à mesa pelo Patriota é para que Roberto Jefferson não ocupe qualquer cargo na Executiva nem comande nenhum diretório estadual.

Com as contas bloqueadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e sem atingir a cláusula de barreira, o PTB vê no casamento a única saída para sua sobrevivência.

Agora a tarde, vai acontecer a convenção nacional do Patriota onde será sacramentado a fusão com o PTB, será escolhido o nome e o número do novo partido. É bem provável que se mantenha o nome Patriota e o número 51.

A nova sigla inevitavelmente seguirá a linha direitista e seu estatuto terá os preceitos que hoje regem a campanha do presidente Jair Bolsonaro. Portanto, a partir desse dia 26 o PTB não existirá mais.  

Um dos mais tradicionais partidos do país, fundado por Getúlio Vargas e que por décadas representou o trabalhismo na política brasileira, o PTB vem perdendo tamanho no Congresso nas últimas eleições.

Pelo acordo costurado com o Patriota, o PTB, que elegeu apenas um deputado federal, fornece ao novo partido a estrutura formada por 1 milhão de filiados e diretórios em todos os estados ao nanico Patriota, que elegeu quatro parlamentares, mas também não atingiu a cláusula de barreira.

Com a fusão, o novo partido passa a ter direito de participar de debates e de receber os recursos do Fundo Partidário e Fundo eleitoral nas próximas eleições.

A QUEDA

A situação do PTB já era complexa antes da prisão em flagrante de Roberto Jefferson, que deu 20 tiros de fuzil e lançou granadas contra policiais federais no domingo.

O partido está com as contas bloqueadas por conta de divergências na prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral em 2013.

Por causa disso, vem enfrentando dificuldades em honrar compromissos de campanha em diferentes diretórios. Sem atingir a cláusula de barreira, o PTB não teria acesso ao fundo partidário.

Segundo um dirigente do PTB, é provável que o partido resultante da fusão abandone as referências trabalhistas e mantenha o Patriota, de apelo direitista.

O nome Patriota foi escolhido pelo seu ex-dirigente Adilson Barroso (hoje no PL), na tentativa de abrigar o então candidato Jair Bolsonaro na eleição de 2018.

Veja o vídeo de Kennedy Nunes:

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