Antes do período eleitoral de 2024, o governador, numa tacada de mestre, foi a Brasília para negociar com o deputado federal Marcos Pereira, que é o presidente nacional do Republicanos, o comando do partido em Santa Catarina.
Jorginho tirou o ex-governador Carlos Moisés da presidência estadual e colocou o também deputado federal Jorge Goetten no comando junto com seu irmão, Juca Mello.
Pela troca, o governador de Santa Catarina prometeu apoio a Marcos Pereira caso ele se candidate a presidência da Câmara dos Deputados, haja vista que o PL catarinense tem, pelo menos, sete votos que podem ser dados ao deputado do Republicanos.
Mas a condição para a eleição de 2024 era que Goetten e Juca Mello respeitassem os acordos já feitos pelos diretórios municipais. A direção estadual até tentou reverter algumas coligações, mas Marcos Pereira bloqueou a chave de registro de candidaturas do diretório de Santa Catarina, deixando apenas que os Republicanos municipais pudessem fazer a inserção das informações no TRE.
Mas a partir de agora, o novo comando do Republicanos catarinense já começa a fazer o trabalho para montar a nominata para 2026 dos cargos de deputado estadual e federal, já que é certo que vai apoiar a reeleição de Jorginho Mello e não deve ter nem mesmo o candidato a Senador.
Dos que estavam na antiga executiva estadual, restou apenas o deputado estadual Sérgio Motta e a sua esposa. Quem deve determinar o caminho a ser tomado por Goetten e Juca na construção do quadro de candidatos é o filho de Jorginho, Filipe Mello, que junto com o irmão Bruno tiveram papel importante na eleição municipal do PL em 2024.
Além de Sérgio Motta, que deve buscar a reeleição para deputado estadual, e Jorge Goetten, que também deve buscar o novo mandato na Câmara Federal, alguns nomes de outros partidos aliados do PL que não se elegeram prefeito em 2024 podem surgir no Republicanos justamente para que tenham chance de vitória por conta do número de votos da legenda.
A intenção é fazer com que o Republicanos tenha força em todas as regiões de Santa Catarina, e não somente no sul do Estado como aconteceu sob o comando de Carlos Moisés.
Mas o nome do ex-governador ainda figura nos quadros do partido e já é sabido que ele também deve participar da eleição em 2026, muito provavelmente como candidato a deputado federal.
Se sairá pelo Republicanos ainda não se sabe, mas essa já é uma possibilidade pouco provável, pois Moisés não iria aceitar ficar embaixo do guarda-chuva de Jorginho Mello depois que ele torou o comando da sigla de suas mãos.
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