Vereador cobra nova postura do comando do MDB em Santa Catarina e no Brasil

O vereador da cidade de Gaspar, no Vale do Itajaí, Ciro André Quintino, postou um vídeo no seu Instagram cobrando uma nova postura da executiva nacional, estadual e municipal do MDB para que a legenda não vire um partido “pitoco”, como ele mesmo afirmou.

Ciro é vereador de três legislaturas na cidade e em 2024 conquistou mais 4 anos na Câmara Municipal recebendo 850 votos, onde o MDB do atual prefeito Kleber Wan-Dall não teve candidato a prefeito e apenas indicou a vice Ivete Hammes na chapa do vice-prefeito e candidato do PP, Marcelo Brick.

O que irritou o MDB local e o vereador é que, mesmo com o comando da Prefeitura de Gaspar, o candidato Marcelo acabou em terceiro lugar atrás do vencedor, delegado Paulo Koerich (PL), e do petista Celso Zuchi.

Mas essa comoção toda foi mostrada numa fala dele na tribuna da Câmara Municipal, onde Ciro disse “time que não joga, não tem torcida. Partido que não tem candidato, não tem militância. Ou nós mudamos, ou nós seremos mudados. Ou o MDB muda a nível federal, estadual e municipal, ou nós vamos ser diminuídos. Vamos virar pitoco”.

Ele fala que, a partir de 2024, o MDB precisa repensar e o militante que estiver envolvido em escândalo, que saia do partido. “O partido não merece de gente com o rabo preso. Há 58 anos nós sempre tivemos candidato a prefeito nos piores momentos, nem que fosse para perder, mas para manter a dignidade do partido”.

Mas não é só em Gaspar que filiados emedebistas ficaram descontentes, pois o MDB catarinense perdeu nessa eleição municipal 22 Prefeituras, pois ainda tem 92 prefeitos até dezembro deste ano e a partir de janeiro de 2025 passará a ter 70 Prefeituras sob o seu comando, tendo perdido o posto de maior partido de Santa Catarina para o PL de Jorginho Mello, que elegeu 90 prefeitos.

Mas o resultado entre as 20 maiores prefeituras do Estado foi ainda mais desanimador para o MDB. A partir do ano que vem, a legenda comandará apenas as cidades de Jaraguá do Sul e Biguaçu.

Em Florianópolis apenas apoiou a reeleição do prefeito Topázio Neto (PSD); em Blumenau apoiou a candidatura do deputado estadual Egídio Ferrari (PL); em Chapecó apoiou a reeleição de João Rodrigues (PSD); em Criciúma lançou Paulo Ferrarezi como candidato, mas ficou apenas na quarta posição recebendo apenas 2,71% dos votos; em Joinville lançou Luiz Claudio Gubert, que ficou em quarto com apenas 1,38% dos votos; em São José apenas apoiou a reeleição do prefeito Orvino de Ávila e em Lages lançou o candidato Elizeu Mattos, que acabou tendo a candidatura cassada pela Justiça.

O próprio presidente estadual do MDB, deputado federal Carlos Chiodini, se lançou candidato a prefeito em Itajaí, onde tem o prefeito Volnei Morastoni, mas terminou na terceira colocação, fazendo com que o partido perdesse a cidade mais rica do Estado, segundo dados do IBGE.

Em Blumenau, por exemplo, o diretório municipal praticamente inexiste na política local, pois o MDB é usado apenas para garantir cargos na Prefeitura Municipal para membros da executiva. Lá, o MDB não tem candidato a prefeito desde 2000 e não tem um vereador na Câmara desde 2018, quando o médico Marcelo Lanzarin se elegeu pelo MDB, mas trocou de partido no meio da legislatura.

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