O inferno astral do ex-prefeito Joares Ponticelli na política catarinense

Mesmo tendo nascido na cidade de Pouso Redondo, no Alto Vale do Itajaí, o ex-deputado estadual em 4 legislatura, Joares Ponticelli (PP), construiu toda a sua carreira política na cidade de Tubarão, onde por duas vezes foi eleito prefeito da cidade.

Era visto como um político de muita influência e com uma carreira promissora. Ele foi líder do governo na Alesc na gestão do governador Esperidião Amin (PP) e líder da oposição ao governo de Luiz Henrique da Silveira (MDB).

Em 2014 foi escolhido para concorrer ao cargo de vice-governador na chapa do ex-tucano Paulo Bauer, ficando em segundo lugar na disputa que foi vencida por Raimundo Colombo (PSD).

Mas no dia 14 de fevereiro de 2023 o inferno astral começou, quando ele foi preso por causa das acusações da Operação Mensageiro, que investiga irregularidades na coleta de lixo de Tubarão enquanto ele era prefeito.

Foi solto no dia 29 de junho do mesmo ano, tendo que cumprir medidas cautelares, como o uso da tornozeleira eletrônica. Em 10 de julho ele renunciou ao cargo de prefeito de Tubarão para poder responder o processo em liberdade.

Depois disso, decidiu se candidatar a vereador nas eleições de 2024 para tentar retomar a carreira política no município. A pré-candidatura até criou um fato novo na disputa eleitoral em Tubarão, onde ele imaginava que poderia ser uma figura importante para eleger o ex-prefeito Carlos Stüpp (PSDB).

Em 6 de outubro as urnas mostraram que a coisa não era tão simples assim. Estêner Soratto (PL) se elegeu prefeito de Tubarão com pouco mais de 73% dos votos e Carlos Stüpp recebeu apenas 9.652 votos (16,54%).

Mas Joares Ponticelli, que se pensava que poderia ter uma grande votação na cidade do sul, recebeu apenas 919 votos, ficando com a segunda suplência do PP na Câmara Municipal.

Políticos e analistas locais dizem que o ex-prefeito errou em ficar colando a sua imagem no candidato da majoritária e também contou muito no que fez no passado, esquecendo de mostrar o que faria no futuro.

Outro erro foi o clima de “já ganhou”. Mas o eleitor tubaronense mostrou que aprova as suas gestões como prefeito, mas não tolerou sequer a suspeita de um possível desvio de conduta dentro da Prefeitura Municipal.

Por vias das dúvidas, o eleitor deu o recado de “primeiro resolva os processos de acusação e depois veremos o que fazer em outras eleições”.

Diante disso, Ponticelli terá um caminho árduo para conseguir a absolvição para futuramente olhar para o eleitor da cidade e dizer que é inocente. Talvez a partir daí ele possa retomar a carreira política pensando em algo maior, voltando a ter influência e poder de decisão até dentro do seu partido, que vai precisar da experiencia dele daqui para frente.

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