Bem, esse é um mistério que nunca ninguém conseguiu desvendar ao longo dos anos e nunca apareceu ninguém dando um motivo aceitável para que as inúmeras CPIs já abertas no parlamento blumenauense acabassem em pizza.
A última que se tem conhecimento foi a CPI do Samae, que foi aberta muito mais pelas constantes falta de água em Blumenau no último verão do que pelos diversos escândalos em que a autarquia foi envolvida pelos seus diretores nas duas últimas administrações municipais.
Mas desde a década de 90 que o rito segue igual. Na administração do ex-prefeito Vilson Kleinubing (PFL) a oposição da época tentou abrir a CPI da Cavo, que foi uma empresa que prestava serviços de manutenção para o município.
Já no governo do ex-prefeito Décio Lima (PT), as CPIs do Hospital Santo Antônio e da Secretaria de Obras também não deram em nada e até hoje o blumenauense não sabe dos problemas que ocorreram nesses órgãos naquela gestão.
Tivemos também a Operação Tapete Negro, que aconteceu em 2012 no fim da gestão de João Paulo Kleinubing e que envolveu parlamentares e comissionados daquela administração.
Em 2015 alguns vereadores pediram o fim do sigilo na Justiça do processo, mas mais tarde todos os envolvidos acabaram sendo inocentados naquele caso.
Tivemos em 2021 a CPI do Transporte Coletivo que queria investigar mais a fundo o contrato da Prefeitura de Blumenau com a empresa Piracicabana/Blumob, mas o relatório final da Comissãoda Câmara, que tinha como relator o vereador Alexandre Matias (PSDB), apontou que não foi apurada nenhuma ilegalidade quanto aos objetos de investigação.
Isso mostra que ao longo dos anos a Câmara de Blumenau se transformou em um braço da administração municipal, esquecendo os verdadeiros preceitos do legislativo e deixando de fazer o trabalho para qual os vereadores foram eleitos.
Se perguntarem para o blumenauense do que ele mais lembra da Câmara, muito provavelmente vão citar o aumento de assessores, a criação do vale-alimentação e do 13º salário para os próprios parlamentares e aumento de salário para os vereadores da próxima legislatura, pois todos imaginam voltar para a Câmara em 2025.
Talvez esteja na hora de se rever os conceitos de vereador e fazer uma grande mudança na Câmara de Blumenau, colocando parlamentares que pensam em não se beneficiar da máquina pública, mas sim beneficiar um pouco mais o munícipe que paga os impostos.
Muito boa a sua explanação… e seria muito bom se não fosse verdade..
temos uma câmara ineficaz que está lá só pra fazer teatro e ganhar os seus dividendos… mais nada…
NINGUÉM (com exceção de poucos) tem compromisso com o cidadão blumenauense..
VAMOS MUDAR ISSO EM OUTUBRO DE 2024.