A rasteira de Jorginho Mello em Carlos Moisés no Republicanos de SC

Um acordo nacional que envolveu o governador Jorginho Mello (PL), o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, o presidente nacional do Republicanos, pastor Marcos Pereira, e o deputado federal Jorge Goetten (PL) vai tirar das mãos de Carlos Moisés o comando estadual do Republicanos.

O desdobramento dessa articulação, que foi selado na terça-feira, 4, fará com que Goetten saia do PL, com uma autorização de Costa Neto para não perder o mandato, para assumir a presidência estadual do Republicanos com Juca Mello, irmão de Jorginho, como vice-presidente.

Isso fará com que o Republicanos saia dos apoios de pré-candidatos do PSD, como já tinha negociado Carlos Moisés, e vá apoiar as coligações dos candidatos do PL em Santa Catarina.

Isso não só leva o comando de mais um partido para as mãos do governador do Estado como também leva a legenda de Tarcísio de Freitas e Damares Alves para a sua reeleição em 2026.

Outro efeito colateral dessa mudança é que o Republicanos deixará de apoiar candidatos como Adriano Silva (Novo), em Joinville; Orvino de Ávila (PSD), em São José; Osmar Teixeira (PSD), em Itajaí; Vagner Espíndola (PSD), em Criciúma e muito provavelmente apoiará a partir de agora Estêner Soratto (PL) em Tubarão, sepultando de vez uma pré-candidatura de Carlos Moisés na cidade.   

Em Blumenau, com Egídio Ferrari (PL), e em Florianópolis, com Topázio Neto (PSD), o Republicanos já tinha fechado um acordo para compor as coligações desses candidatos.

Na Câmara dos Deputados, o Republicanos é a sétima maior bancada com 41 deputados federais, mas na Assembleia Legislativa o partido não elegeu ninguém em 2022.

Mais uma vez, o governador Jorginho Mello mostra a sua habilidade e influência política não só aqui no Estado, mas também em Brasília, e vai montando o seu grupo para não correr riscos na eleição de 2024, mas principalmente em 2026, quando vai buscar o segundo mandato.

Mas essa investida mostra também que até hoje Jorginho Mello não esqueceu a acusação de Carlos Moisés na eleição de 2022, quando ele “jogou no ventilador”, no debate da NSC TV, que o então senador teria feito lobby em favor da empresa que administrava o presídio de Lages, cujo contrato com o Governo do Estado estava terminando.

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