No almoço que acontece toda terça-feira com a bancada emedebista na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, foi discutido o assunto do momento na política do Estado. O MDB vai ou não se juntar ao PL e aceitar os cargos oferecidos pelo governador Jorginho Mello (PL)?
Muito provavelmente a definição não saia hoje, mas a executiva estadual do MDB vai tentar melhorar a oferta e vai enviar uma contraproposta para o governador com o pedido não de duas, mas sim de três secretarias para fazer a aliança com o Governo do Estado e, consequentemente, com o Partido Liberal.
A reunião com Jorginho Mello deve acontecer na quarta-feira, 30, na Casa D´Agronômica, residência oficial do governador. Além de Carlos Chiodini, presidente do MDB de Santa Catarina, a bancada estadual deve comparecer em peso ao encontro para tratar desse assunto e também do futuro presidente da Alesc com o governador.
O MDB já tem a Secretaria de Infraestrutura e Jorginho Mello ofereceu a Secretaria da Agricultura e Pecuária, que hoje é comandada pelo ex-deputado federal Valdir Colatto. Mas o partido mira a Casa Civil, mas o governador não abre mão das pastas estratégicas do seu governo.
Mas surge uma nova alternativa nessa negociação. Para dar a terceira secretaria para o MDB, Jorginho poderia nomear a senadora Ivete Appel da Silveira para a Secretaria de Assistência Social, Mulher e Família e, de quebra, manteria o ex-prefeito de Imbituba, Beto Martins (PL), no Senado Federal.
Beto Martins assumiu como senador no dia 6 de agosto e fica em Brasília até início de dezembro por conta da licença da titular. Se o MDB ou Ivete não aceitarem, Beto Martins volta a comandar a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação a partir de janeiro de 2025.
Jorginho Mello já deixou claro que pretende substituir Jerry Comper da Secretaria da Infraestrutura e a intenção era indicar o deputado federal Carlos Chiodini pela proximidade que ele tem com o ministro Renan Calheiros (Transportes), o que facilitaria a liberação de recursos federais para Santa Catarina. Mas essa possibilidade já foi descartada pelo presidente do MDB para evitar problemas internos.
Mas Chiodini aceitaria indicar alguém próximo para a Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias, que também agrada a cúpula do partido.
SEGUNDA OPÇÃO
Outro nome para substituir Jerry na Infraestrutura seria o do deputado estadual Antídio Lunelli, que é o mais empolgado com a aliança do seu partido com Jorginho Mello. Ele quer mesmo é ser vice na chapa de reeleição do governador, em 2026, e essa aproximação pode ser o primeiro passo para a aliança.
Mas o MDB não quer só o cargo de secretario nas pastas disponibilizadas por Jorginho Mello, como hoje já acontece com Jerry Comper, que é obrigado a dividir o espaço com o seu adjunto, Ricardo Grando, que hoje tem mais prestígio com o governador do que o próprio secretário.
O problema é que Jorginho Mello definiu que cada partido deva ter uma secretaria a cada três deputados estaduais que tem na Alesc. Outro ponto que deve complicar o entendimento são os inúmeros cargos já indicados pelos parlamentares, o que causaria um inchaço de indicações no seu governo.
Enfim, o MDB não vai querer pouco para defender o governo até 2026 e com isso o PSD, do deputado estadual Júlio Garcia e do prefeito João Rodrigues, estão em estado de espera, pois a ida ou não do MDB para o governo vai impactar dentro da Alesc já neste fim de 2024.
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