O PL de Blumenau conseguiu eleger Egídio Ferrari, que será o próximo prefeito da cidade a partir de janeiro de 2025, e elegeu também três vereadores para a próxima legislatura.
Mas provavelmente nenhum deles venceu na eleição de 2024 por causa do apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Egídio foi uma criação do governador Jorginho Mello (PL) e se elegeu muito pelo apoio e trabalho do prefeito Mário Hildebrandt (PL).
Até estava programada uma passagem do ex-presidente pela cidade, mas a sua assessoria acabou abortando a vinda e ele esteve apenas no litoral e no sul de Santa Catarina.
Os vereadores Jovino e Ito já tem um trabalho de outras legislaturas e tiveram também um ótimo aporte financeiro do partido para fazerem suas campanhas. O terceiro nome do PL para a Câmara de Vereadores é o do desconhecido Flavinho, que se elegeu muito por conta do trabalho da equipe da deputada federal Júlia Zanatta (PL) do que propriamente por causa de Bolsonaro.
Mas Blumenau tinha candidatos muito identificados com o presidente de honra do PL nacional, como o pastor Dirlei Paiz e o pastor Léo, mas ambos acabaram apenas como suplentes nessa eleição municipal.
O pastor Dirlei Paiz recebeu 1.795 votos e até poderia ter recebido mais, mas como responde por uma acusação no caso de 8 de janeiro e estava solto com a obrigação de cumprir regras impostas por Alexandre de Moraes, como o não uso das redes sociais, acabou voltando para o Presídio por ter descumprido a determinação e não pode concluir a campanha, mesmo podendo receber os votos.
Já o pastor Léo recebeu 1.615 votos e dizia na campanha que é amigo pessoal de Jair Bolsonaro, recebeu o apoio de muitos deputados federais, como o de Zé Trovão, que é um bolsonarista, mas também acabou ficando pelo caminho.
Outro nome, que mesmo sendo do partido Novo, era muito vinculado ao presidente Jair Bolsonaro, foi o do candidato Edson da Silva, mais conhecido como Halley MX, que assumiu ser um direitista defensor do ex-presidente.
Mas Halley, além de não ter o número 22, tinha poucos recursos, fez uma campanha muito baseada em contatos orgânicos nas suas redes sociais, mesmo assim fez 1.740 votos, mas também acabou como suplente.
Com isso, vimos que a figura do ex-presidente Jair Bolsonaro não era a primeira condição para eleger um candidato em Blumenau, mas sim o trabalho que já vinha sendo feito por eles ao longo dos últimos anos, pois o novo prefeito é uma continuidade da atual gestão e 12 dos 15 vereadores eleitos já tinham conseguido entrar na Câmara em 2020.
Provavelmente a partir de agora é que Jair Bolsonaro pode fazer a diferença na escolha do próximo presidente, governador, senador e deputados, pois 2026 é uma eleição nacional e o eleitor tem uma percepção diferente da eleição municipal, onde o aspecto local é o ponto principal.
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