Naatz diz que secretário de Blumenau mandou atirar na casa de outro secretário

Na manhã desta quarta-feira, 19, a Polícia Civil de Blumenau terminou o inquérito que investigava um possível atentado na casa do ex-secretário de Gestão Governamental de Blumenau, Michael Maiochi.

Pela manhã, a Polícia deflagrou a “Operação Publicis”, que cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em Blumenau, Timbó, Indaial e Pomerode contra oito suspeitos. Na operação, a Polícia Civil encontrou a moto usada nos disparos, apreendeu duas armas de fogo e mais R$ 4 mil em dinheiro.

Tudo aconteceu no dia 5 de fevereiro deste ano quando Maiochi se preparava para dormir. Uma moto passou na frente da sua casa e fez quatro disparos, acertando o portão, o carro e a parede.

No seu depoimento, o ex-secretário e atual diretor do Parque Vila Germânica, disse que vinha sofrendo ameaças pelo whatsapp que diziam que iam difamar a sua imagem com acusações de atos de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito e prometendo um eventual atentado, como realmente aconteceu.

A polícia descobriu que um dos envolvidos no atentado ocupava cargo comissionado até dezembro de 2023 no Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae). Os policiais civis também estiveram na autarquia na manhã de quarta-feira para fazer diligências na busca de possíveis provas.

O deputado estadual Ivan Naatz, que acionou o Delegado-Geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, na época do atentado, gravou um vídeo dizendo que “nós vamos cobrar aqui na Assembleia Legislativa permanentemente o esclarecimento completo dos motivos que levaram um secretário a atirar na casa de outro secretário, segundo as investigações da Polícia Civil”.

Desde 2020 o Samae de Blumenau tem sido colocado no centro de escândalos administrativos, onde o Ministério Público ainda investiga supostas irregularidades em licitações.

Em setembro 2023, o ex-diretor-presidente da empresa, Michael Schneider, foi afastado do cargo após uma operação policial apurar suposta fraude e superfaturamento na contratação de prestadores de serviço. No fim de novembro do mesmo ano Schneider pediu para deixar o Samae em definitivo para se dedicar a projetos pessoais.

Desde o primeiro grande escândalo que aconteceu no Samae, em 2020, a população se pergunta por que a Câmara Municipal de Blumenau também não investiga as diversas denúncias publicadas na mídia de desvio de recursos e supostos superfaturamento em licitações.

Entre os casos divulgados, tivemos o do ex-diretor de Operações da autarquia, José Augusto Reinert, que foi o pivô de uma investigação pelo suposto uso do Samae para arrecadação de dinheiro para a sua campanha a vereador através de liberação de pagamento de horas extras e sobreavisos de funcionários.

Teve também as supostas irregularidades na contratação de empresa para a manutenção dos terrenos pertencentes ao Samae. Outro foi o suposto aumento do peso proposital de areia adquirida pela autarquia também através de uma licitação que, segundo a justiça, teve favorecimento a uma empresa.

Esperamos que agora os vereadores da cidade façam o serviço para que foram eleitos e, junto com a Assembleia Legislativa, também investigue todos os problemas que ocorreram e ocorrem dentro do Samae de Blumenau.

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