Roberto Salum falará sobre o seu caso nessa terça-feira

O agora ex-diretor do Procon estadual, Roberto Salum, falará às 10 horas dessa terça-feira, 2, no escritório do seu advogado Claudio Gastão da Rosa Filho sobre a denúncia de um suposto assédio sexual.

De acordo com a delegada Michele Rebelo, que ficou responsável pelo caso, a investigação está em uma etapa crucial, onde está ouvindo as denunciantes e buscando as provas. Ela diz também que essa investigação está sob sigilo.

Tudo começou na última quinta-feira, 28, quando uma funcionária de uma empresa terceirizada disse que Salum a levou até a cidade de Palhoça e, segundo ela, foi obrigada a dar um beijo em Salum. Logo depois ela fez a denúncia na Polícia Civil pelo suposto assédio.

Em seguida, uma outra funcionária do Procon escreveu na sua rede social que também tinha sofrido um assédio sexual feito pelo diretor do Procon.

Há outras 15 denúncias feitas na ouvidoria da Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Serviço, onde o Procon está subordinado, contra Roberto Salum. A maioria dessas denúncias são de assédio moral e não assédio sexual.

Salum tem 67 anos de idade e 54 anos de profissão, foi policial civil, é jornalista e radialista e já foi deputado estadual, assumindo a cadeira como suplente.

De acordo com a nota do advogado Claudio Gastão da Rosa Filho, Salum sabia que seria alvo de denúncias e armações porque começou a desvendar um esquema milionário de desvio de recursos dentro do Procon de Santa Catarina.

Segundo uma nota, “ao descobrir e ser alertado de que tinha mexido no vespeiro, comuniquei ao meu secretário adjunto, então, o que tinha colhido de provas para que ele tomasse providências. Logo percebi que ele estava sabotando meu trabalho. Tinha ficado claro que o adjunto tinha amizade com um dos investigados pelo rombo milionário no Procon-SC. Diante dessa situação, entreguei essas provas dos desvios há duas semanas ao procurador-geral do Estado. Por coincidência, quem participou da armação contra o ex-prefeito Gean Loureiro fabricando aquele vídeo na eleição é um dos que estou investigando e contra quem tenho provas de corrupção”, disse Salum

O governador Jorginho Mello ágil rápido depois de sofrer pressão externa, por ser presidente do PL em Santa Catarina, e também recebeu conselhos de gente próxima do Governo do Estado para afastar Salum do cargo para que esse caso não respingue no seu governo.

Segundo membros do PL catarinense, era necessário a exoneração por tudo que os liberais defendem e pelo tipo de crime que Roberto Salum estava sendo acusado.

Mas ficou no ar as denúncias do ex-diretor do Procon/SC sobre a suposta fraude que, segundo ele, está ocorrendo dentro do órgão. Aí caberá ao próprio Governo de Santa Catarina dar as explicações se isso realmente está ocorrendo ou se foi apenas uma forma encontrada por Salum para desviar o foco.

No caso do suposto assédio de Salum, cabe as acossadoras provarem o que disseram para que o ex-diretor do Procon seja indiciado.

A única coisa que não pode acontecer é o catarinense ficar sem as explicações dos casos, pois ambos supostamente foram cometidos por funcionários públicos e, se tudo se confirmar, terão que pagar pelos erros.

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