No dia 7 de dezembro do ano passado o processo de cassação do senador Jorge Seif (PL) foi julgado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Santa Catarina e a maioria dos desembargadores entenderam ser improcedente a denúncia da coligação “Bora Trabalhar”, do ex-governador Raimundo Colombo (PSD).
Seif foi acusado de abuso de poder econômico, pois segundo a denúncia, teria usado os recursos da empresa Havan, de Luciano Hang, durante a campanha, o que poderia ter lhe dado vantagem sobre os demais concorrentes.
Logo depois do resultado no TRE ter sido divulgado, o advogado Gustavo Henrique Serpa, defensor da coligação de Colombo, afirmou que entraria com recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Esta nova fase do processo ainda não tem data para acontecer, mas se espera que ocorra ainda no primeiro semestre de 2024. Se Jorge Seif realmente perder o mandato, é mais provável que haja uma nova eleição para o cargo de senador em Santa Catarina.
Raimundo Colombo já disse que não vai disputar a Prefeitura de Lages e que vai esperar a decisão final do TSE, pois seus advogados defendem a tese de que o segundo colocado na eleição de 2022 é quem deve assumir a vaga.
Mas nessa terça-feira, 23, o Tribunal Regional Eleitoral do Estado analisa mais um embargo declaratório sobre o caso de Seif. Desta vez é contra os suplentes do senador do PL, Hermes Klann e Adrian Rogers Censi.
Na verdade, essa é uma estratégia para atrasar o processo, pois enquanto ele não terminar por completo no TRE catarinense, os advogados da coligação “Bora Trabalhar” não podem dar entrada com a revisão da ação no Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília.
Mas Seif pode até tentar dar um ritmo mais lento ao processo aqui no Estado, mas o PSD e o União Brasil sabem que, mais cedo ou mais tarde, o senador do PL tem grande chance de perder o mandato quando o processo subir para as mãos dos juízes de Brasília
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