Na sessão da tarde de quinta-feira, 19, opositores e defensores do governo do prefeito Mário Hildebrandt (Podemos) efetivamente assumiram seus papeis nesse jogo político dentro da Câmara Municipal de Blumenau.
O vereador Gilson de Souza reclamou muito e até colocou em dúvida os critérios da SMTT para escolher os locais onde foram implantados as lombadas eletrônicas e radares fixos.
Gilson questionou também a demora excessiva nas obras de manutenção das escolas do município, mas a coisa realmente esquentou quando metade dos vereadores presentes aprovou e a outra metade rejeitou o requerimento 1997/2023 do vereador Emmanuel Tuca dos Santos, que pedia explicações sobre as obras de asfaltamento na cidade de Blumenau.
Os vereadores de oposição Emnanuel Tuca dos Santos (Novo), Diego Nasato (Novo), Gilson de Souza (Patriota), Carlos Wagner Alemão (UB) e Adriano Pereira (PT) mais os vereadores da situação Bruno Cunha (Cidadania) votaram pela aprovação do requerimento.
Já os vereadores de apoio ao governo Jovino Cardoso (Solidariedade), Ito de Souza (PL), Maurício Goll (PSDB), Rolf Bublitz (PSDB), João Beltrame (Podemos) e Cristiane Loureiro (Podemos) votaram contra o requerimento
Como a votação empatou em 6 a 6, já que a vereadora Silmara Miguel (PSD) estava em Brasília e o vereador Cezar Campesatto (UB) ainda não estava no plenário, o presidente da Casa, vereador Almir Vieira (PP), teve que desempatar e votou contra o requerimento do vereador do Novo.
Segundo o vereador Tuca, “o requerimento fazia questionamentos simples, de quem não deve não teria problema nenhum de responder”. As perguntas eram: a Prefeitura tem solicitado a garantia de obras que envolvem a pavimentação asfáltica? As obras de pavimentação foram conferidas antes do pagamento? As empresas responsáveis pelas obras de reperfilagem mal feitas foram notificadas?
Ele lamenta que o parlamento municipal tenha se sujeitado a isso, impedindo o trabalho da principal atividade do vereador, que é a fiscalização. Tuca disse também que, como advogado, terá que usar o judiciário e Ministério Público para conseguir as respostas da Prefeitura de Blumenau.
JUSTIFICATIVAS DE VOTO
Na sua justificativa de voto, o vereador Bruno Cunha pediu que fosse respeitada a sua posição, pois ele entende que o requerimento é um instrumento que o vereador tem para questionar a administração pública sobre um ato, independentemente de o vereador ser de situação ou oposição.
“O vereador Tuca tem o direito de saber essas informações que ele está colocando, o meu posicionamento é esse, respeito todos, mas eu exijo que eu seja respeitado porque é a minha convicção pessoal e histórica nesse parlamento aqui, eu tenho essa posição”, finalizou Bruno.
Já o presidente Almir Vieira, na sua justificativa de voto, disse que “não é esse papel que vai mudar a vida de uma obra, que não é esse papel que vai transformar uma obra ruim ou uma obra boa”.
Ele continuou dizendo que “são os profissionais que são concursados e que são os fiscalizadores direto. Se a empresa vai fazer cagada, a culpa não é da empresa porque existe um processo licitatório onde ela concorre e, se ela ganhou e se ela tem todos os atestados comprovados, e no decorrer da obra ela não faz a coisa certa, não é a empresa e nem diretamente o prefeito, ou seja, lá quem for, e sim o engenheiro responsável que assina esse termo”.
Para Almir, esse requerimento é ineficaz porque, segundo ele, o que deveria ser questionado é o trabalho dos engenheiros concursados que fiscalizam a obra e não a empresa que faz a obra.
Veja o pronunciamento do vereador Emmanuel Tuca dos Santos (Novo):
É lamentável que( nossos políticos)falo nossos porque nos representam e sempre estamos dia após dia vendo certas coisas inadmissíveis é também lamentável nós eleitores não participarmos para a fiscalização e soluções para os problemas apenas muitos se nós apenas vamos as urnas por obrigação e após passada a contagem dos votos tudo cai na mesma cena de sempre agradeço a atenção aqui prestada .