Bancada federal de Santa Catarina se divide na votação do Arcabouço Fiscal

Na terça-feira, 22, já no fim da noite, a Câmara dos Deputados aprovou, por 379 a 64 votos, o texto principal do PLP 93/23, que institui o novo arcabouço fiscal em substituição ao teto de gastos.

O arcabouço já havia sido aprovado pela Câmara em maio, mas foi alterado pelo Senado. Assim, os deputados precisaram novamente analisar a matéria e deliberar sobre as mudanças feitas pelos senadores.

O arcabouço fiscal era a principal proposta econômica do Governo Lula nesse primeiro semestre e a votação era considerada primordial para o envio do Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2024.

A aprovação exigiu muita articulação política do governo, que foi capitaneada pelo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL).

Mas como se comportaram os 16 deputados federais de Santa Catarina, já que o nosso Estado é considerado o mais bolsonarista da nação e, teoricamente, deva ser considerado opositor do Governo Federal

Realmente essa pseudo oposição dos parlamentares catarinenses não se confirmou, pois sete deles votaram favoráveis ao Arcabouço Fiscal, sete votaram contra e dois não apareceram para votar.

Por conta da grande amizade que o deputado federal catarinense Darci de Matos (PSD) tem com Arthur Lira, ele foi incumbido de conseguir os votos dos parlamentares do nosso Estado para que votassem com o Governo Lula.

Com isso, além de Darci de Matos (PSD), votaram favoráveis os deputados Pedro Uczai (PT), Ana Paula Lima (PT), Carlos Chiodini (MDB), Valdir Cobalchini (MDB), Fábio Schiochet (UB) e surpreendentemente Jorge Goetten (PL).

Os contrários foram Caroline de Toni (PL), Júlia Zanatta (PL), Daniela Reinehr (PL), Daniel Freitas (PL), Zé Trovão (PL), Gilson Marques (Novo) e Rafael Pezenti (MDB).

O deputado federal Ismael dos Santos (PSD) e a deputada Geovânia de Sá (PSDB) não estavam no plenário da Câmara dos Deputados na hora da votação.

Isso mostra que a bancada catarinense não está tão unida assim quando se trata das matérias de interesse do Governo Lula.

Vale ressaltar que MDB e PSD são partidos aliados do atual governo, mas o PL é o partido mais forte da oposição e mesmo assim um catarinense da legenda votou favorável. A contrapartida foi o voto de Pezenti, que é do MDB e votou contra.

Acompanhe

Entre em nosso grupo do Whatsapp e nos siga em nossas redes

Patrocinadores