Pastor bolsonarista é detido pela Polícia Federal na 14ª fase da Operação Lesa Pátria

Mais precisamente às 6h15 desta quinta-feira, 17, o pastor bolsonarista Dirlei Paiz foi detido na sua casa pela Polícia Federal para esclarecimento sobre as manifestações ocorridas no Vale do Itajaí depois das eleições presidenciais de 2022.

Dirlei mora em Blumenau há mais de 20 anos e tem se notabilizado pela defesa do bolsonarismo em Santa Catarina. Ele foi levado para a sede da Polícia Federal de Blumenau, localizada no Shopping Park Europeu, para depois ser encaminhado para o Presídio da cidade.

A ação da PF faz parte da 14ª fase da Operação Lesa Pátria, que investiga os supostos responsáveis pelas manifestações que aconteceram em todo o país no fim de 2022 e no início de 2023, em especial a invasão dos prédios do Palácio do Planalto, Congresso e STF.

Dirlei é um militante bolsonarista que faz oposição ao governo do PT e ao presidente Lula. Nas suas redes sociais, ele tem fotos e vídeos nas manifestações e também com Jair Renan, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, e com parlamentares que também se dizem defensores do governo de Bolsonaro.

Membro da igreja evangélica, ele foi candidato a vereador em 2020 e obteve 522 votos. Atualmente Dirlei Paiz ocupa o cargo de Coordenador Político no gabinete do presidente da Câmara de Blumenau, vereador Almir Vieira (PP).

Segundo o vereador, que emitiu uma nota na manhã desta quinta-feira sobre o caso, ele “foi contratado devido aos seus trabalhos como líder comunitário em Blumenau, sendo membro de associação de moradores e trabalhando diretamente no relacionamento com a comunidade”.

Veja a nota na íntegra do vereador Almir Vieira (PP):

A Câmara de Vereadores de Blumenau emite uma nota oficial de esclarecimento sobre a prisão, ocorrida nesta quinta-feira (17), de Dirlei Paiz, que ocupa cargo em comissão de Coordenador Político no gabinete do presidente do Poder Legislativo de Blumenau, vereador Almir Vieira (PP), desde o dia 22/05/2023.

A prisão foi em decorrência da 14ª fase da operação Lesa Pátria da Polícia Federal. O presidente Almir Vieira se manifesta contrário aos atos antidemocráticos ocorridos no dia 8 de janeiro.

O vereador Almir Vieira esclarece que recebeu a notícia do cumprimento do mandado de prisão através da mídia e está em contato com as autoridades para apurar o ocorrido.

O parlamentar disse ainda que Dirlei foi contratado devido aos seus trabalhos como líder comunitário em Blumenau, sendo membro de associação de moradores e trabalhando diretamente no relacionamento com a comunidade.

No momento da contratação, a Câmara Municipal solicita, entre outros documentos, o de antecedentes criminais e ressalta-se que Dirlei Paiz não possuía antecedentes.

O presidente informa que todas as providências cabíveis serão tomadas e a situação será encaminhada para o setor jurídico da Câmara de Blumenau, para que tudo ocorra dentro da legalidade.

Vereador Almir Vieira

Presidente da Câmara de Vereadores de Blumenau

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