Quando o ex-governador Carlos Moisés da Silva saiu da Casa D´Agronômica, em dezembro de 2022, todos eram unanimes em dizer que por conta dos acontecimentos durante o seu governo, por sequer chegar no segundo turno das eleições de 2022 e por estar num partido sem expressão, não teria vida longa na política catarinense.
Ele mesmo se refugiou por um tempo na praia de Ipuã, próximo do Farol de Santa Marta em Laguna, no Sul do estado, mas agora parece querer reiniciar as tratativas políticas visando as eleições de 2024, mas principalmente o pleito de 2026, quando tem a intenção de concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa.
Seria uma situação engraçada, caso ele tenha êxito em 2026, vê-lo junto com alguns deputados estaduais que fizeram forte oposição a sua administração, principalmente no caso dos Respiradores.
Mas ele iniciou as conversas pela cidade de Tubarão, onde se comenta que ele também participou das tratativas para eleger o novo prefeito e que pode vir a participar da eleição do ano que vem contra o candidato de Jorginho Mello (PL), Estêner Soratto (PL).
Muito provavelmente o Republicanos se junte com coligações rivais do Partido Liberal para começar a criar musculatura, pois o foco principal é fazer o partido crescer em Santa Catarina e até lançar candidatos em algumas cidades para que se ajude na eleição de vereadores.
Em Florianópolis, Carlos Moisés decidiu entregar a presidência do partido para o Bispo Pedro Flori Ramos, que hoje é presidente do conselho de Pastores da Capital.
Antes, o Republicanos era presidido pelo vereador Claudinei Marques, mas por conta da vontade dele de apoiar a reeleição do prefeito Topázio Neto (PSD), Moisés preferiu a troca, pois já tem conversas com o ex-vereador Pedrão, hoje no PP, para que ele seja o candidato a prefeito do seu partido.
Outra grande cidade que está na mira do ex-governador é Blumenau. Lá ele tem o ex-vereador Egídio Beckhauser, que perdeu o mandato em 2022 por conta de um erro da direção municipal do Republicanos, que registrou duas candidatas na eleição de 2020, mas que sequer fizeram campanha. O TRE entendeu que elas eram laranjas e anulou todos os votos do partido, inclusive os de Beckhauser.
Mas do acordo de parceria que Moisés fechou com Mário Hildebrandt (Podemos), Beckhauser assumiu a Secretaria de Esportes de Blumenau e pode ser o escolhido para compor a chapa com a vice-prefeita Maria Regina Soar (PSDB), que é a pré-candidata da administração, já que Mário não pode mais se reeleger.
Moisés também está de olho em Criciúma, onde lá o vereador Arleu da Silveira deve ser o candidato do prefeito Clésio Salvaro (PSD) caso Ricardo Guidi, presidente municipal do PSD, também quer a vaga.
Enfim, nesse momento Carlos Moisés é a Fênix da política catarinense e segue com prestígio, pelo menos com a cúpula nacional do Republicanos, comandando as ações do partido pensando em voltar a ser protagonista a partir de janeiro de 2027.
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