A classe política mira as eleições e as empresas de SC passam por dificuldades

A dificuldade econômica que algumas empresas estão passando em Santa Catarina são sinais de alerta para os governantes se aterem mais no que acontece na sociedade e parem um pouco de pensar somente em eleição.

Nos últimos dois meses uma grande empresa em Blumenau e outra em Criciúma planejam diminuir muito o número de postos de trabalho e, consequentemente, gerar o prejuízo para toda uma cadeia produtiva que depende da produção dessas empresas.

A antiga Artex, de Blumenau, que já foi uma das maiores do mundo e produção de cama mesa e banho, foi comprada na década de 90 pela mineira Coteminas, do ex-vice presidente José de Alencar, para evitar a falência total.

Agora, em julho de 2023, a Coteminas anunciou a demissão de 731 funcionários dos 1200 postos de trabalho existentes dando como garantia para o parcelamento das rescisões um terreno da empresa no valor de R$ 30 milhões e maquinários.

Na noite de segunda-feira, 31, em Criciúma, as máquinas da Dexco, a antiga Cerâmica Eldorado que agora é um braço da Cecrisa, foram desligadas e aproximadamente 200 dos 350 funcionários serão demitidos.

A empresa pretende paralisar a produção de cerâmica na unidade da Quarta Linha na maior cidade do sul catarinense. Além dos 200 empregos perdidos, haverá também o impacto em outras empresas menores que dependem da produção da Dexco.

Somente um dos prestadores de serviço já calcula um prejuízo na casa dos R$ 80 mil em 2023 com o fechamento de parte dessa unidade.

O problema para Criciúma é que a conhecida Eliane também passa por dificuldades. Tal constatação se deu justamente na visita que Jair Renan, filho de Jair Bolsonaro, fez na unidade de Cocal do Sul.

Enfim, a classe política precisa montar uma estratégia empresarial para que mais empregos não sumam e que haja linhas de créditos atrativas para que estas empresas possam se modernizar e evitar o mal maior.

Eleição e distribuição de verba pública são importantes, mas os administradores e legisladores precisam destinar a maior parte do tempo de seus mandatos no desenvolvimento de Santa Catarina, esquecendo um pouco das eleições e deixando de lado a proposição de leis que só causam impacto na mídia, mas na prática não contribuem em nada para a sociedade.

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