O último que sair do terminal, apaga a luz!

Parece mesmo que o transporte público tem marcado negativamente o governo do prefeito Mário Hildebrandt (Podemos), pois foi justamente na gestão dele que o número de usuários vem caindo a cada ano, mesmo antes da pandemia e depois também.

Até o mês de janeiro de 2016, o transporte público de Blumenau era gerido pelo Consórcio Siga, onde tinha as empresas Rodovel, Glória e Verde Vale. Por conta de atrasos de salário da empresa Glória e as constantes paralisações, o então prefeito Napoleão Bernardes decidiu encerrar o contrato com o Siga e firmar novo acordo com a empresa Piracicabana, hoje Blumob.

O contrato assinado é, segundo registros da época, por um período de 20 anos, mas muito do que era administrado pelo Siga, como os terminais e as estações de embarque, foi assumida pela Prefeitura de Blumenau, retirando esse custo da nova empresa.

Os ônibus biarticulados com ar-condicionado que eram usados nas principais rotas também não existem mais e muitas linhas, consideradas de baixo fluxo, também acabaram extintas pela Blumob.

Obviamente que, com todas essas mudanças, a qualidade do serviço caiu consideravelmente, mas a passagem continuou sendo reajustada conforme o contrato assinado. Mas com a queda no número de usuários, o contrato também previa que a Prefeitura de Blumenau entrasse com uma contrapartida para que a empresa não deixasse e ter lucro com o serviço.

Desde então, lá se foram R$ 89 milhões dos cofres do município para a Piracicabana, que continua decidindo como tudo vai funcionar sem se preocupar com o passageiro que hoje está a mercê de um serviço que não tem atrativo algum.

Com isso, outras alternativas ganharam força em Blumenau, como a aquisição de motos, de patinetes elétricos, o uso de carros de aplicativo e também o uso do serviço de vans particulares.

E foi justamente as vans que acabaram recebendo a culpa pela inoperância de uma administração que, infelizmente, em seis anos não conseguiu encontrar uma solução para fazer com que o blumenauense voltasse a se interessar pelo uso do ônibus.

O diretor da Blumob e o comando da Secretaria de Trânsito e Transporte de Blumenau são unanimes em dizer que a culpa de tudo que aconteceu no transporte coletivo são os fretamentos feitos pelas empresas para levar seus funcionários ao trabalho.

Ora, se os fretamentos buscam a pessoa na frente da casa, tem mais conforto, tem ar-condicionado, tem no horário que o trabalhador precisa e não é superlotado, mesmo que seja mais caro, quem vocês acham que o blumenauense vai escolher?

Mas a administração de Mário Hildebrandt quer enviar para a Câmara Municipal um projeto que crie mais dificuldades para essas empresas prestem serviços para as empresas com a intenção de obrigar o usuário a usar o serviço da Blumob.

Se for isso mesmo, alguém tem que instigar para que o Ministério Público se envolva nessa discussão, pois você criar dificuldade para muitos só para beneficiar um parceiro seu, é no mínimo estranho.

É fato que, se a Blumob não tiver passageiro suficiente para manter o sistema funcionando, a Prefeitura vai ter que cada vez mais repassar uma verba para os cofres da empresa por força de contrato e a solução encontrada pelo prefeito e pela sua vice é dificultar o que está dando certo.

Nessa reta final de governo, parece que a dupla Mário Hildebrandt e Maria Regina Soar estão tentando de todas as formas esconder o que deu errado somente por causa da eleição de 2024.

Enfim, se for administrar Blumenau pensando apenas na eleição do ano que vem, vai meter os pés pelas mãos, se é que já não o fez. O tempo dirá!    

Acompanhe

Entre em nosso grupo do Whatsapp e nos siga em nossas redes

Patrocinadores