Joares Ponticelli vai esperar os desdobramentos da Operação Mensageiro fora da prisão

Preso em 14 de fevereiro deste ano durante a terceira fase da Operação Mensageiro, o prefeito afastado de Tubarão, Joares Ponticelli (PP), teve um recurso de pedido de soltura analisado pela 5ª Comarca Criminal que acabou sendo aceito pela Justiça.

Com decisão unânime, Ponticelli sairá da prisão e vai esperar os desdobramentos das investigações usando uma tornozeleira eletrônica, sendo obrigado a permanecer na cidade de Tubarão.

Ele também está proibido de entrar na Prefeitura e nem conversar com qualquer testemunha, réu ou colaborador premiado da ação relacionada à Operação. A partir da sua soltura, ele estará oficialmente afastado das funções de prefeito por um período de 180 dias.

Na mesma audiência, Darlan Mendes da Silva, que era gerente de Gestão da cidade de Tubarão, também recebeu o mesmo benefício de Ponticelli sendo obrigado a cumprir as mesmas restrições. Mas no caso dele, permanecerá detido porque tem outro mandado de prisão em vigor.

Já o vice-prefeito Caio Tokarski (UB) não conseguiu votos favoráveis ao pedido de seus advogados e seguirá preso no Presídio Santa Bárbara, em Criciúma.

No mês de maio Joares Ponticelli se tornou réu no processo que apura esquema criminoso de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo.

De acordo com a juíza Cinthia Bitencourt Schaefer, agentes públicos da cidade de Tubarão recebiam uma “mesada” de cerca de R$ 30 mil mensais do Grupo Serrana, de Joinville.

Desde a deflagração da primeira fase, em dezembro de 2022, a Operação Mensageiro já levou para a cadeia 16 prefeitos catarinenses por conta do mesmo esquema que, segundo a justiça, foi implantado através de contratos de coleta, transporte e conservação do lixo nas cidades.

A 5ª Câmara Criminal também analisou o caso do prefeito de Lages, Antônio Ceron (PSD), que por unanimidade, manteve a prisão domiciliar dele.

Além de Ceron, que ficou detido por duas semanas em Itajaí, outros dois ex-secretários de Lages também tiveram as prisões analisadas pela Justiça, sendo que um conseguiu substitui-la por medidas cautelares.

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