Assembleia Legislativa teve dia de muita movimentação no plenário e nos gabinetes

Fazia tempo que a Assembleia Legislativa de Santa Catarina não tinha uma movimentação tão grande em torno de projetos favoráveis e contrários ao Governo do Estado e também visitas ilustres que fizeram dos gabinetes verdadeiros palanques eleitorais.

A principal decisão da terça-feira, 13, era para saber o futuro do projeto “Universidade Gratuita”, a menina dos olhos do governador Jorginho Mello (PL). Mas ficou definido que até o dia 22 deste mês os deputados poderão apresentar emendas ao projeto.

No dia 27, as comissões de Constituição e Justiça, de Finanças e Tributação e de Educação, Cultura e Desporto vão apresentar seus relatórios da análise do projeto. No dia 4 de julho, também em reunião conjunta, ocorre a discussão e a votação de cada um dos pareceres das três proposições.

Se durante essa reunião houver a alteração nos pareceres dos relatores, a CCJ terá entre os dias 5 e 12 de julho para se reunir e deliberar sobre essas alterações. Mas se não houver alterações e os pareceres forem aprovados na forma original, as três matérias já poderão ser votadas na sessão ordinária do mesmo dia. Caso contrário, a votação em plenário ocorrerá na semana seguinte.

TETO PARA O IPVA

Outra votação que também era esperada foi a aceitação ou não do veto do governador no projeto que limita o reajuste do IPVA à inflação anual. Por 32 votos a 1, o veto de Jorginho Mello foi rejeitado e a partir da sua publicação o reajuste desse tributo será de acordo com o IPCA e não mais por conta da valorização do veículo.

Esses dois projetos trouxeram para a Alesc o chefe da Casa Civil, Estêner Soratto Júnior, e também o secretário da Fazenda do Estado, Cleverson Siewert, que tentaram convencer os deputados, sem sucesso, da importância do veto para o caixa do Governo.

Tudo porque os parlamentares deixaram claro o descontentamento com o atraso da liberação dos prometidos R$ 97 milhões em emendas parlamentares nesse mês de junho. O governador combinou com Mauro de Nadal, presidente da Alesc, de até setembro deste ano liberar um total de R$ 388 milhões para que os deputados estaduais possam destinas os recursos para as suas bases.

VISITAS ILUSTRES

Mas nem tudo girou em torno dos projetos que esperavam definições na Alesc. O ex-vereador Pedrão (PP), de Florianópolis, conseguiu que os deputados Progressistas José Milton Scheffer, Altair Silva e Pepê Collaço lhe garantissem o apoio a sua candidatura à Prefeitura da Capital.

No gabinete do deputado estadual Maurício Eskudlark (PL), a bancada do Partido Liberal recebeu o presidente do BRDE, João Paulo Kleinübing, numa clara manifestação de apoio a sua gestão no banco, mas principalmente pela possível filiação em 2024 para que ele dispute a Prefeitura de Blumenau no mesmo ano.

Nos corredores da Assembleia também aconteceu o encontro entre dois ex-companheiros de partido que podem voltar a ser ainda em 2023. Eduardo Pinho Moreira (MDB) e Dário Berger (PSB) trocaram um caloroso abraço e subiram juntos para o corredor onde leva para os gabinetes da Alesc.

É fato que o ex-senador não se sente confortável no atual partido, principalmente depois de ter sido esquecido por Alckmin e Márcio França para assumir alguma pasta no Governo Federal. Então hoje ele já vê com bons olhos voltar ao MDB para disputar a Prefeitura de Florianópolis ou a Prefeitura de São José, cidades que já administrou por oito anos cada uma delas.  

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