O MDB catarinense completará 57 anos de existência no dia 23 de abril com 98 prefeitos, 65 vice-prefeitos, uma senadora, três deputados federais e seis deputados estaduais.
Nomes como Luiz Henrique da Silveira, Pedro Ivo Campos, Cassildo Maldaner, Jaison Tupy Barreto, José Augusto Hülse e Evelázio Vieira deram musculatura para o MDB ser o que é até hoje.
É ainda o partido com maior representatividade do estado, mas vai ter que mudar o modo de pensar e agir se não quiser sofrer um encolhimento significativo a partir de 2024.
A pá de cal para que chegasse a essa conclusão foi a disputa entre Antídio Lunelli e Udo Döhler nas eleições de 2022. Parte do partido queria a candidatura própria de Lunelli, mas a maioria escolher que Udo seria o vice de um partido minúsculo como o Republicanos.
A partir daí o MDB passou a ser comandado por uma Comissão Provisória, que tem na presidência o deputado federal Carlos Chiodini, que em dezembro de 2022 já marcou para os dias 14, 15 e 16 de abril as convenções municipais para a escolha dos novos presidentes.
Chiodini e a bancada estadual da Alesc conseguiram manter o comando do legislativo catarinense e também aceitaram fazer parte do governo de Jorginho Mello, mesmo recebendo apenas a Secretaria de Infraestrutura que já tinha nomes de outros partidos nomeados.
Mas será mesmo a partir das convenções municipais é que a direção do MDB estadual pretende mesmo dar o ponta pé inicial para ter êxito nas eleições de 2024 e aumentar o número de prefeitos e vices, coisa que não ocorreu nas três últimas eleições.
Na sexta-feira, 3, Carlos Chiodini e Fabrício Oliveira, prefeito de Balneário Camboriú, firmaram uma parceria para, segundo o deputado federal, “o desenvolvimento de Balneário Camboriú”.
Numa postagem no Instagram, Chiodini escreveu que vai trabalhar pelas demandas da cidade para construir juntos um futuro ainda melhor para a população. “O MDB e o governo se fortalecem, e quem ganha é toda Balneário Camboriú!”.
Muito provavelmente o MDB deve buscar no PL o apoio do Governo do Estado para eleger o maior número de prefeitos em Santa Catarina e, em contrapartida, vai apoiar o governo na Assembleia.
Há um entendimento interno que o MDB só vai voltar a crescer novamente se tiver aliados fortes e se renovar as lideranças, principalmente nas principais cidades de Santa Catarina.
O estado tem 13 cidades com mais de 100 mil habitantes e nestas o MDB elegeu em 2020 os prefeitos de Itajaí, Volnei Morastoni, o de Brusque, Ari Vequi, e o de Jaraguá do Sul, que era Antídio Lunelli, mas hoje a cidade do norte é comandada pelo também emedebista José Jair Franzner (MDB).
O maior problema está mesmo nas cidades de Florianópolis, Joinville, Blumenau, Chapecó, Criciúma e Lages. Essas cidades são consideradas as mais importantes das suas regiões e nelas o MDB sequer tem um nome forte com chance de ser cabeça de chapa numa coligação.
Então esse é um dos focos da direção do partido, mas para isso terá que afastar os velhos caciques e mudar alguns presidentes que estão apenas usando o MDB para conseguir cargos nas administrações municipais.
Veja o vídeo de comemoração dos 57 anos do MDB de SC:
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