Júlia Zanatta segue com a saga bolsonarista em Santa Catarina

A deputada federal Júlia Zanatta (PL), do sul do estado, segue sendo a parlamentar catarinense que segue à risca a saga bolsonarista na política nacional.

Já teve uma discussão no plenário do Congresso com a também deputada federal Ana Paula Lima (PT) e está lutando para sustar o Decreto 11.366, assinado pelo presidente Lula, que limita o registro e aquisição de armas no Brasil.

Nos dias 3 e 4 de março Júlia estava nos Estados Unidos participando da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), em Washington, que reuniu os principais nomes da extrema direita norte americana, como Donald Trump e o ideólogo Steve Bannon.

Bannon, que foi condenado a quatro meses de prisão pela Justiça americana por não cooperar com a investigação aos ataques do Capitólio, foi o principal motivador da tentativa de golpe nos EUA após a derrota de Trump para o democrata Joe Biden, em 2020.

A deputada federal de Santa Catarina se encontro com o ex-presidente Jair Bolsonaro que também discursou no evento e defendeu a extrema direita e combateu o socialismo e o comunismo como sistema de governo no mundo.  

Desde 2019 Júlia Zanatta tem participado desse evento e inclusive se elegeu com a bandeira direitista de Jair Bolsonaro.  

Na última edição do CPAC Brasil, em 2022, ela foi convidada por Eduardo Bolsonaro, um dos organizadores do encontro, para palestrar em São Paulo contando a sua trajetória e sobre o papel da mulher na política.

A deputada federal volta ao Brasil nesta segunda-feira com, segundo postagem dela, “muitas ideias para colocar em prática com a nossa militância de direita no Brasil”.

AS ELEIÇÕES DE 2024 EM CRICIÚMA

Obviamente que se coloca em Brasília como oposição ao governo Lula, mas também está de olhos muito abertos com as negociações para as eleições municipais de Criciúma em 2024.

O seu maior adversário na cidade é o prefeito Clésio Salvaro (PSDB), mas ele conta com a simpatia do governador Jorginho Mello, que gostaria de fazer uma aliança com o prefeito.

Clésio não poderá mais se reeleger e Júlia já afirmou que não será candidata a prefeita do PL. Então ambos buscam representantes para continuarem fortes no município.

Clésio tem três nomes que podem representá-lo na eleição de 2024: a deputada federal Geovânia de Sá, que já admitiu que pode ser a candidata de Salvaro, o vereador Arleu da Silveira, que constantemente é visto com o prefeito, e Acélio Casagrande, que foi candidato a deputado estadual em 2022 e recebeu 26.600 votos em Criciúma.

Júlia tem o também deputado federal Ricardo Guidi (UB), que é seu primo e filho do ex-prefeito Altair Guidi, como o principal nome para disputar as eleições de 2024, mas ainda busca um nome dentro do Partido Liberal para, pelo menos, indicá-lo a vice numa possível coligação.

O MDB da cidade do sul do estado já definiu que seu pré-candidato será Paulo Ferrarezi, vereador de terceiro mandato na Câmara e teve o nome cotado em 2022 para concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa. Em Criciúma, o MDB não vence eleições desde 1996.

O Partido Progressista também já comunicou que terá candidato ano que vem e o vereador Júlio Kaminski já colocou seu nome está à disposição do diretório. A última vez que o PP teve um candidato a prefeito em Criciúma foi em 2016, quando Márcio Búrigo, hoje no União Brasil, concorreu ao cargo. Em 2020, a sigla apoiou a candidatura de Clésio Salvaro (PSDB).

O problema do PP é se a federação partidária com o União Brasil e com o Avante sair, pois se Ricardo Guidi for candidato, pode até nem indicar o nome do vice na chapa.

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