A baixa popularidade de Mário Hildebrandt junto ao governo de Jorginho Mello

Preocupados com a paralisação de obras do Plano 1000, prefeitos do Vale do Itajaí foram até Florianópolis na última terça-feira, 14, conversar com um representante do Governo do Estado para ver o que pode ser feito.

Mas no pleito de 2022 todos apostaram na reeleição de Carlos Moisés (Republicanos), tendo como principal incentivador da ideia o prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt (Podemos).

Eles foram recebidos pelo secretário da Fazenda, Cleverson Siewert, justamente quem tem a missão de arrumar recursos para as duas principais propostas de Jorginho Mello, que é custear, a partir do 2º semestre, todas as vagas de todos os cursos das universidades que fazem parte do sistema Acafe e zerar, em até seis meses, a lista de espera por procedimentos cirúrgicos na rede pública de saúde do Estado.

Mário até conseguiu o apoio dos deputados estaduais Napoleão Bernardes (PSD), Egídio Ferrari (PTB), Marcos da Rosa (UB) e Ivan Naatz (PL), pois afinal de contas eles representam a cidade, mas se viu numa sinuca de bico, porque conseguiu apenas apresentar as obras que tinham recursos prometidos pelo ex-governador e não obteve nenhum sinal que o dinheiro sairá nesse primeiro semestre.

Hildebrandt sequer viu o governador Jorginho Mello e recebeu a resposta que somente em Março vai fazer a mesma apresentação para o governador de Santa Catarina. Até lá, vai continuar fazendo ajustes no power point das obras para tentar amolecer o coração de atual governador.

Quem tentou levar Mário Hildebrandt para o PL foi o deputado Ivan Naatz, mas Jorginho preferiu esperar porque lembra de como o prefeito de Blumenau agiu com Moisés. Dos quatro anos do mandato do ex-governador, Mário passou três como opositor, tendo inclusive feito parte da articulação que quase conseguiu emplacar Daniela Reinehr (PL) no comando do estado.

Mário até indicou André Espezim, seu fiel escudeiro, para ser adjunto numa Secretaria de Estado, mas com o surgimento do Pix, Hildebrandt esqueceu as diferenças e virou o melhor amigo e grande cabo eleitoral de Carlos Moisés no Vale do Itajaí.

Agora nas próximas eleições, Jorginho Mello quer ter candidatos a prefeito que representem seu governo nas principais cidades de Santa Catarina e Blumenau faz parte desse grupo, mas não se entusiasmou com ninguém.

Depois da missão que deu para Naatz de construir uma unidade visando a presidência da Alesc e a governabilidade no parlamento, onde praticamente deu tudo ao contrário do se imaginava, Jorginho também ficou reticente em ter o deputado estadual como seu representante.

Talvez os prefeitos das maiores cidades que mais gozem de prestígio junto ao governador são Adriano Silva (Novo), de Joinville, e Topázio Neto (PSD), de Florianópolis. São duas cidades que Jorginho olha com carinho, mas Blumenau, com Mário Hildebrandt, acabou levando um gelo.

A cidade só conseguiu emplacar a secretária adjunta da Educação, Patrícia Lueders, e ainda assim por indicação de Aristides Cimadon, o secretário da pasta, porque os demais indicados não vingaram.

Enfim, Mário Hildebrandt tem mais 22 meses e 12 dias como prefeito de Blumenau e vai ter que estudar muito quem será o representante do seu governo na eleição de 2024.

Hoje a sua candidata é a vice, Maria Regina Soar (PSDB), mas como a política é dinâmica, não divide que ela seja escanteada e o prefeito tente outra alternativa para terminar dignamente a sua administração.    

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