Manda quem pode, obedece quem tem juízo

Esse foi o mantra que fez parte do dia a dia na Assembleia Legislativa de Santa Catarina nesse primeiro mês de 2023. O deputado estadual Júlio Garcia (PSD) mostrou que é o homem forte do parlamento nessa legislatura e Mauro de Nadal (MDB) se mostra o mais promissor na política catarinense nesse momento.

Com um gesto rápido, ambos viraram o jogo para cima da bancada do PL e, da tentativa de isolar o MDB, o próprio Partido Liberal se viu emparedado depois de pensar que, com o respaldo do governo do Estado e com 11 deputados na casa, poderia fazer o que bem entendesse dentro da Alesc.

Se Ana Campagnolo e a ala bolsonarista do partido, mesmo contrariados, não abrissem mão da primeira vice-presidência da Mesa Diretora, o PL acabaria sem nada. Nem cargo na mesa e nem cadeiras importantes nas Comissões.

O PT bateu o pé em não querer Campagnolo na composição e só abriu espaço para o PL porque a indicação do partido foi a do deputado Maurício Eskudlark, e posteriormente Nilso Berlanda, considerados moderados dentro da Assembleia.

Mas mesmo com tudo acertado, Ana Campagnolo, Jessé Lopes e Sargento Lima fizeram questão de deixar claro que não estavam aceitando tudo que acontecia neste primeiro dia da nova legislatura.

O clima no PL está tão ruim que, durante a votação para a aclamação da chapa da Mesa Diretora, o deputado Nilso Berlanda fez questão que Maurício Eskudlark confirmasse publicamente que cada um deles ficaria um ano na 1ª vice-presidência da Assembleia, ou seja, Eskudlark terá que renunciar para que Berlanda seja o vice-presidente a partir de fevereiro de 2024.

A cidade de Blumenau foi quem recebeu o destaque em todas essas tratativas, pois além da posição de destaque que Napoleão Bernardes (PSD) teve nesta semana, a cidade emplacou os novatos Marcos da Rosa (União Brasil) e Egídio Ferrari (PTB) na Mesa Diretora, mostrando para Ivan Naatz (PL) que eles não estão na Alesc a passeio numa eventual disputa municipal.

O fato é que, a condução do bloco do PL dentro da Assembleia Legislativa para a eleição do presidente da casa e também para a garantia da governabilidade da administração de Jorginho Mello, foi um desastre.

Chegaram a colocar o governador numa saia justa quando disseram que já tinham votos suficientes para eleger José Milton Scheffer (PP) e quando manifestaram abertamente apoio ao candidato do PP. Houve até o enfrentamento de uma fala de Jorginho, que disse querer o consenso até com a eleição de Mauro de Nadal, mas a bancada batia o pé e continuava com a teimosia de sustentar Zé Milton como candidato.

Viu-se que tudo não passava de blefe, pois o castelo ruiu e o PL se viu obrigado a aceitar o que já veio pronto, senão ficariam isolados e, ainda por cima, com uma bancada rachada que pode ser o maior problema de Jorginho Mello dentro da Alesc.

Enfim, no biênio 2023/2025 da Assembleia terá Mauro de Nadal (MDB) como presidente, Maurício Eskudlark (PL) como 1º vice, Rodrigo Minotto (PDT) como o 2º vice, Deputada Paulinha (Podemos) como 1ª secretária, Padre Pedro Baldissera (PT) como 2º secretário, Marcos da Rosa (União Brasil) como o 3º secretário e Egídio Ferrari (PTB) como 4º secretário da mesa.

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