Presidente Jair Bolsonaro exonera Silvinei Vasques da PRF

Nessa terça-feira, 20, o Diário Oficial da União (DOU) trouxe a exoneração do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, que estava cotado para assumir o comando da secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina, mas Jorginho Mello descartou o nome por conta do processo de investigação que corre contra ele na Polícia Federal.

Silvinei é natural de Ivaiporã, faz parte da PRF desde 1995, já foi superintendente do órgão em Santa Catarina e foi secretário municipal de segurança pública em São José, na administração do prefeito Elias Fernando Melquíades.

Silvinei é tido dentro da Polícia Rodoviária Federal como um bolsonarista, tem muita proximidade com Flávio Bolsonaro e teve seu nome indicado para a diretoria geral da PRF pelo ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.

Ele é investigado pela Polícia Federal por conta da atuação da instituição no dia do segundo turno das eleições. No dia 30 de outubro, a PRF realizou centenas de ações de fiscalização do transporte público, especialmente na região Nordeste.

Nas redes sociais, os usuários compartilharam vídeo das ações da PRF formando barricadas para dificultar o deslocamento de ônibus e de motocicletas que transportavam os eleitores. Relatos sobre essas ações partiram inclusive de políticos locais, como prefeitos e vereadores.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, determinou que Vasques fosse oficiado “com urgência” para “informar imediatamente sobre as razões pelas quais [estão sendo] realizadas operações policiais”.

Em publicação feita no Instagram, Vasques chegou a pedir voto para o presidente Jair Bolsonaro (PL). “Vote 22. Bolsonaro presidente”, dizia o post, que foi apagado, mas apenas depois de vários usuários o terem salvado. A ação tornou Vasques como réu por improbidade administrativa ao pedir votos indevidamente.

Após a vitória do presidente eleito Lula (PL), apoiadores de Bolsonaro realizaram bloqueios em estradas no país em protesto com o resultado do pleito eleitoral. O STF determinou que a PRF desobstruísse os bloqueios, prevendo a prisão de Vasques e multa de R$ 100 mil no caso de descumprimento da decisão.

Apesar da decisão, servidores da instituição apontaram que a corporação não parecia interessada em resolver a situação. Também houve críticas para a ação política dentro da PRF.

Acompanhe

Entre em nosso grupo do Whatsapp e nos siga em nossas redes

Patrocinadores