Vereadora de Criciúma tem pedido de cassação protocolado por servidores públicos

Os servidores públicos Alexsandro Chaves de Sousa, Aline Constantino Bonfante da Rosa, Jonas Marques Martignago e o empresário Marcos Ricardo dos Santos protocolaram na Câmara Municipal de Vereadores Criciúma um pedido de cassação de mandato contra a vereadora Giovana Mondardo (PCdoB).

No documento, eles alegam que a vereadora teria supostamente cometido uma quebra do decoro parlamentar por publicar, no dia 2 de novembro último, um vídeo de manifestantes da cidade de São Miguel D´Oeste cantando o hino nacional com o braço estendido. Nessa publicação, a vereadora escreveu que “Em São Miguel do Oeste, Santa Catarina, saudação nazista. O que dizem? Isso é manifestação? Isso é direito constitucional?”.

Segundo o documento, Giovana teria acusado os catarinenses de “nazistas”. O fato do suposto nazismo aconteceu no mesmo dia da postagem da vereadora em frente ao 14º Regimento de Cavalaria Mecanizado, base do Exército da cidade de São Miguel D´Oeste.

O Ministério Público de Santa Catarina pediu que o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas de SC (Gaeco) investigasse o caso e foi constatado que “não se identificou intenção de apologia ao nazismo pelos manifestantes no extremo oeste catarinense”.

Na nota, o MPSC diz que o gesto realizado pelos manifestantes foi executado após serem conclamados pelo locutor a estenderem a mão sobre o ombro da pessoa a sua frente ou, se não houvesse, para que estendessem o braço, a fim de “emanar energias positivas”. Esse relato foi confirmado por um policial que acompanhava a manifestação e também por diversos repórteres que estavam no local.

Para os acusadores, a atitude da vereadora foi “completamente descabida e distante do decoro parlamentar, além de servir de exemplo, estimulou diversas manifestações xenofóbicas, caluniosas, difamatórias e absurdamente prejudiciais ao povo catarinense e ao próprio Estado de Santa Catarina”.

O documento diz também que, no ato de Giovana, “verifica-se o inequívoco dolo da Representada em prejudicar a imagem pública dos manifestantes em prol de nada mais do que prestígio político”.

O pedido foi protocolado em nome da também vereadora Roseli Maria De Lucca Pizzolo (PSDB), que é a presidente da Câmara de Vereadores de Criciúma.

Em 2022, Giovana Mondardo concorreu a uma cadeira na Câmara Federal pelo seu partido nas eleições e foi a 29ª candidata mais bem votada, tendo recebido 38.862 votos, mas não se elegeu.

O QUE DISSE GIOVANA MONDARDO

Na sua rede social, Giovana Mondardo escreveu que Pediram a cassação do meu mandato. Me acusam de ‘dar visibilidade negativa e ofensiva aos manifestantes dos atos públicos pós-eleição, aos munícipes de São Miguel do Oeste e ao próprio Estado de Santa Catarina’. Isso porque denunciei, como muitos, investigações sobre nazismo em SC”.

A vereadora disse também que, dos quatro autores dos pedidos de cassação, dois são assessores de vereador e outros dois são aparentemente líderes de movimentos golpistas na cidade. “Luto e sempre lutarei pela permanência do estado democrático de direito e contra todo e qualquer ato de despreze a democracia. Não tem como cassar um vereador por conta disso. Consciência tranquila”, finalizou.

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