Padre Kelmon e Sergio Moro foram boas estratégias de Bolsonaro contra Lula

O primeiro debate do segundo turno entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula da Silva (PT) teve dois assuntos explorados pelos candidatos nas quase duas horas de programa.

Enquanto Lula, na primeira parte do debate, tentava colar em Bolsonaro as dificuldades que o Governo Federal teve durante a pandemia, principalmente na compra de vacinas, Bolsonaro veio decidido em trazer do passado o assunto corrupção nos governos do PT.

Assim como no debate da Rede Globo, quando o Padre Kelmon (PTB) foi designado para apertar Lula sobre o assunto corrupção, a assessoria de Bolsonaro, mais uma vez, se utilizou de um aliado para continuar batendo no mesmo assunto que tanto incomoda o petista.

O ex-juiz e agora senador eleito Sérgio Moro (UB) participou ativamente da preparação de Bolsonaro para o debate e foi colocado para sentar-se justamente atrás da principal câmera onde os debatedores interagiram com o telespectador.

A assessoria do petista ficou sabendo um dia antes do debate que Sérgio Moro iria na TV Bandeirantes acompanhar o presidente e imaginou que ele serviria apenas para constranger Lula, mas ele acabou tendo um papel mais participativo, dando inclusive entrevista ao lado de Bolsonaro.

A ida de Lula em algumas favelas do Rio de Janeiro na última semana só deu mais combustível para que Bolsonaro trouxesse à tona o assunto PCC, quando em 2006 a facção criminosa matou policiais em São Paulo durante o governo de Geraldo Alckmin (PSB), hoje vice de Lula.

Obviamente que todo esse trabalho de Lula e Bolsonaro tentando machucar o adversário no seu ponto mais fraco, vem de muita estratégia formulada pelas assessorias dos candidatos, mas parece que Carlos Bolsonaro, que coordena a campanha do pai, tem tido mais êxito.

Por duas vezes ele já conseguiu fazer com que Bolsonaro se mostrasse um candidato equilibrado e conseguiu também abafar as falas do petista justamente contra-atacando no que Lula tem mais dificuldade para responder.

Vamos ver se a assessoria do PT tira um coelho da cartola e consegue desestabilizar Bolsonaro no debate da Rede Globo, que será transmitido para todo o Brasil no próximo dia 28 de outubro, o verdadeiro dia da decisão dessa eleição.

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