Super prefeitos descobrem que não transferem votos para aliados

Depois das convenções partidárias, em agosto desse ano, os candidatos a governador brigaram pelo apoio de alguns prefeitos ditos importantes em suas regiões para convencer o eleitor de quem seria o melhor candidato em 2022.

Passada a apuração da eleição deste ano, vimos que cinco prefeitos de Santa Catarina não fizeram a diferença nem para os candidatos a governador e nem para candidatos a deputado federal e estadual que eles apoiaram.

O prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt (Podemos) foi um dos primeiros que aderiu a campanha de Carlos Moisés. Na sua cidade, o governador teve apenas 11,54% dos votos, o que dá pouco mais de 22 mil votos. Mário também lançou o seu ex-secretário de comunicação, André Espezim (Podemos), como candidato a deputado federal, que não se elegeu e obteve menos de 20 mil votos. Para deputado estadual, ele apoiou o presidente da Câmara, Egídio Beckhauser (Republicanos), que também teve baixa votação e ficou de fora.

Já o prefeito João Rodrigues (PSD), de Chapecó, também perdeu nas quatro apostas que fez. Na sua cidade, Gean Loureiro (UB) ainda ficou na terceira colocação, na frente de Moisés, mas teve apenas 23% do total de votos. Rodrigues viu Raimundo Colombo ficar em terceiro lugar na sua cidade e viu também Marlene Fengler (PSD), candidata a deputada federal, e José Claudio Caramori (PSD), que disputou uma cadeira na Assembleia, ficarem pelo caminho.

Joares Ponticelli (PP) apostou muito em Carlos Moisés, que até ficou em primeiro na cidade, mas não chegou nem no segundo turno. Ponticelli também apostou em Colombo para o senado, mas em Tubarão ele também dicou em segundo. O prefeito da cidade apostou, para deputado federal, em Caio Tokarski (UB), que não se elegeu. A única vitória foi com Pepô Collaço (PP), que se elegeu a deputado estadual.

O prefeito Clésio Salvaro (PSDB), de Criciúma, estava com Esperidião Amin (PP) para o governo e com Kennedy Nunes (PTB) para o senado, mas perdeu com os dois. Amin teve menos votos que Jorginho e Moisés em Criciúma. Ele apostou também em Geovânia de Sá (PSDB) para federal e Acélio Casagrande (PSDB) para estadual, mas não elegeu nenhum dos dois.

O último é Topázio Neto (PSD), que assumiu a prefeitura de Florianópolis com a saída de Gean Loureiro para se candidatar ao governo do estado. Gean foi o mais votado na capital, mas as apostas em Paulinho Bornhausen (PSD) para federal e Constâncio Maciel (UB) para estadual não vingaram e acabaram não se elegendo.

Portanto, a prova de fogo para estes prefeitos será a eleição municipal de 2024. Topázio Neto vai para a reeleição e terá que trabalhar para si para conseguir a vitória. Mas Mário Hildebrandt, João Rodrigues, Joares Ponticelli e Clésio Salvaro terão que se redimir para elegerem seus sucessores nas suas cidades.  

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