Para quem acompanhou praticamente todos os debates entre os candidatos ao governo de Santa Catarina, que foram pouco mais de dez nessa eleição, viu que os oito candidatos que participaram do debate da NSC na noite de terça-feira, 27, praticamente tiveram a mesma postura dos demais.
Carlos Moisés (Republicanos), Gean Loureiro (UB), Esperidião Amin (PP), Jorginho Mello (PL), Odair Tramontin (Novo), Jorge Boeira (PDT), Décio Lima (PT) e Ralf Zimmer (Pros) colocaram na mesa as mesmas propostas e praticamente os mesmos ataques aos adversários.
Somente em dois momentos é que o debate teve emoção. O primeiro foi quando o governador Carlos Moisés falou que Jorginho Mello foi até ele para pedir que não fizesse a troca de um contrato, pois o novo não o favorecia, é que a coisa soou como uma novidade. Nessa hora Jorginho disse ser uma mentira e afirmou que nunca apoiou Moisés.
Nesse caso, se Moisés der mais detalhes nos seus últimos programas eleitorais, será o fato novo que todos esperavam. Mas se mantiver o suspense e não terminar o que começou, será um balão esvaziado que mais vai atrapalhar do que ajudar. Jorginho Mello prometeu ir a justiça para que Moisés prove o que disse.
O segundo foi quando o candidato Jorge Boeira falou do suposto roubo no governo Moisés, da prisão de Gean, do crime cometido por Ralf Zimmer, do salário de promotor de Tramontin e do Décio defendendo os crimes de Lula. Nitidamente poupou Jorginho Mello e Esperidião Amin.
De resto, foi mais do mesmo, e o eleitor catarinense ficou com a sensação de que eles poderiam ter sido mais arrojados, poderiam ter aproveitado melhor a última e mais importante oportunidade dessa eleição.
ESQUECERAM DE JOGAR
Com os números da pesquisa mostrando que essa é uma eleição apertada, os quatro principais nomes deveriam ter usado esse debate para se mostrar diferente e ter usado o máximo de armas possível para enfraquecer os adversários.
Carlos Moisés, Jorginho Mello, Esperidião Amin e Gean Loureiro devem ter esquecido a célebre frase do técnico Vanderlei Luxemburgo: “O medo de perder tira a vontade de ganhar” e deve ter sido isso o que aconteceu com eles.
Tiveram mais medo de perder do que de aproveitar o momento para se garantir no segundo turno. Mas agora tá na mão do eleitor e se nada de novo aparecer até domingo, o nome dos dois que vão para o segundo turno só será conhecido com a contagem dos votos.
Veja a fala de Jorge Boeira no debate da NSC:
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