Deputado coloca novamente em xeque o transporte coletivo de Blumenau

Tudo começou em 14 de fevereiro de 2017 com a homologação do contrato com a Piracicabana para explorar o transporte público municipal por 20 anos, ou seja, até 2037. Uma tarifa que já começou alta para aquela época, obrigando o usuário a pagar o valor de R$ 3,90 para andar em ônibus velhos que quebravam no decorrer do percurso e sem ar-condicionado.

Hoje a tarifa custa R$ 5,00, se for antecipada, e R$ 5,50 se for paga com dinheiro, e a empresa ficou desobrigada de fazer a manutenção dos terminais, as estações de embarque foram desativadas, o número de linhas diminuiu consideravelmente comparado com o Consórcio Siga e, consequentemente, o número de funcionários também baixou.

Até o fim deste ano a Blumob irá receber da Prefeitura de Blumenau o valor de quase R$ 22,5 milhões em subsídios porque, segundo a empresa, a tarifa não paga os custos do sistema.

Enfim, a administração pública municipal assinou um contrato que só beneficia a Piracicabana/Blumob, pois além de não ter custos extras a empresa não cumpre a sua parte, como a obrigatoriedade de construir uma garagem para os ônibus, coisa que ainda não aconteceu.

Na época, o então prefeito Napoleão Bernardes disse que seria uma melhora considerável para o transporte público de Blumenau, mas o que temos hoje é um apêndice no bolso do usuário, que não recebeu a melhora dos serviços, mas ajuda a pagar o “prejuízo”.

Desde os tempos em que era vereador em Blumenau o deputado estadual Ivan Naatz (PL) questiona os repasses da Prefeitura de Blumenau, que já chegam, segundo ele, a R$ 89 milhões.

O VÍDEO DE NAATZ

Quando era vereador, o deputado estadual Ivan Naatz (PL) tentou instalar uma CPI para questionar o contrato firmado entre a administração de Napoleão Bernardes e a empresa permissionária.

A coisa não saiu porque na última hora, por pressão da Prefeitura, o ex-vereador Oldemar Becker acabou retirando a assinatura do requerimento e a CPI acabou na justiça, mas não deu em nada.

Na tarde desta segunda-feira, 19, Naatz trouxe o assunto à tona e questiona, mais uma vez, os repasses feitos, por força de contrato, para o consórcio Blumob para cobrir os custos dos serviços prestados à população.

Num vídeo gravado, ele conta um pouco dessa história e novamente deixa entender que o contrato com o Consórcio Siga foi cancelado de propósito para que a Piracicabana assumisse o serviço.

MANOBRA SILENCIOSA

No último mês de agosto a empresa Piracicabana encaminhou para a Agência Intermunicipal de Regulação do Médio Vale do Itajaí (AGIR) um pedido de revisão extraordinária na tarifa de ônibus de Blumenau, alegando que o aumento do valor do diesel poderá desequilibrar os custos do sistema.

A empresa quer um aumento de 7,48% na tarifa técnica, que hoje é de R$ 6,49, passando para R$ 6,97. Para o consumidor, a passagem passaria de R$ 5,00 para R$ 5,37, caso ela seja paga de forma antecipada. Se a passagem for paga em dinheiro, ela passaria de R$ 5,50 para 5,91.

Segundo a AGIR, essa proposta está sendo analisada, pois serão feitos estudos para ver o tamanho do impacto que um aumento teria para o sistema do transporte público municipal.  

Veja o vídeo granado por Ivan Naatz (PL):

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