Dário Berger continua sendo o estranho no ninho

No domingo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi a grande estrela do comício do PT na praça Tancredo Neves, em Florianópolis.

Mas, sem dúvida, o momento mais constrangedor da festa foi quando o senador Dário Berger (PSB) foi discursar. Mostrando não esquecer que Dário votou em favor do impeachment de Dilma em 2016, a plateia o vaiou e gritou a palavra “traidor”.

O erro estratégico da coordenação do evento foi justamente colocar Dário Berger logo após a fala da ex-presidente, que inclusive o citou protocolarmente sem mostrar muita proximidade com o senador catarinense.

Quando Dário discursava em meio as vaias Lula e Décio Lima decidiram ir para o lado do senador para acalmar a plateia.

O fato é que Dário Berger nunca disputou uma eleição por nenhum partido de esquerda. Já foi filiado no PFL, no PSDB e se elegeu como senador, em 2014, pelo PMDB, hoje MDB.

Para essa eleição, Dário acabou saindo do MDB por não ter espaço dentro do antigo partido para ser candidato a governador. Foi para o PSB com a promessa de Geraldo Alckmin de que ele seria o candidato ao governo da esquerda.

Mas como Décio Lima é o homem de confiança de Lula em Santa Catarina, Dário se obrigou a aceitar a candidatura para o senado e a partir daí não tinha mais volta.

Mas desde o início das reuniões dos partidos de esquerda que compunham a Frente Democrática, Dário sempre sofreu com essa rejeição e nunca conseguiu convencer as alas mais históricas dos partidos que ele poderia ser o governador da esquerda e parece que nem ser o senador dos petistas.

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